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IPCA acelera em dezembro e fecha 2024 acima da meta. Como fica a Selic?

IPCA acelera em dezembro e fecha 2024 acima da meta. Como fica a Selic?

IPCA acelera em dezembro e fecha 2024 acima da meta. Como fica a Selic?

real6 IPCA acelera em dezembro e fecha 2024 acima da meta. Como fica a Selic?
real6 IPCA acelera em dezembro e fecha 2024 acima da meta. Como fica a Selic?
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (10) O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), classificado como a “inflação oficial” por ser considerado pelo Banco Central para calibrar a Selic, subiu 0,52% em dezembro, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10). O indicador mostrou, portanto, uma aceleração, tendo em vista que em novembro ele registrou uma inflação de 0,39%.
Com o resultado, o IPCA fechou o ano com alta acumulada de 4,83%, acima do limite tolerável pelo Banco Central, que era de 4,5%.
O resultado veio levemente abaixo das projeções do mercado. A mediana das 34 projeções coletadas pelo Valor Data, aponavam que o IPCA de dezembro avançaria 0,53%. O intervalo das estimativas ia de 0,29% e 0,60%.

Como o resultado impacta a Selic e o seu bolso?
O primeiro efeito prático da inflação é sentido no bolso das pessoas. Afinal, ela mostra que, de um modo geral, as coisas estão ficando mais caras. No entnato, a alta dos preços também mexe com a vida dos investidores, especialmente por conta da Selic.
Isso porque o instrumento usado pelo Banco Central pra conter a alta dos preços é a taxa básica de juros. Se a inflação está elevada e aumentando de forma acelerada, a autoridade monetária pode aumentar os juros para encarecer o crédito às pessoas e empresas e, dessa forma, conter o consumo e frear a alta dos preços. Por outro lado, se a inflação está sob controle, a autoridade monetária pode cortar os juros (ou seja, “baratear o dinheiro”) para incentivar que as pessoas e empresas voltem a gastar sem que isso comprometa o bolso delas, já que a alta dos preços está sob controle. Portanto, é um estímulo para a economia aquecer.
Atualmente, por conta da inflação resistente, o Banco Central não só voltou a aumentar a Selic, como já sinalizou que mais altas devem acontecer nas próximas reuniões.
Essa decisão visa trazer a inflação de volta para a meta. É importante lembrar que o objetivo perseguido pela autoridade monetária para o IPCA era de de 3% com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo em 2024, meta que permanece em 2025. Assim, o limite tolerado é de 4,5% ao ano.
É importante lembrar, no entanto, que se os juros maiores têm um impacto negativo por encarecerem os empréstimos e financiamentos, por outro, eles podem atrair mais investidores para a renda fixa brasileira, incluindo os estrangeiros.

O que subiu e o que caiu?
Segundo o IBGE, com exceção do grupo Habitação, que teve queda de 0,56%, os demais grupos de produtos e serviços tiveram alta em dezembro. A maior variação veio do grupo Alimentação e bebidas, com alta de 1,18%.
Alimentação e bebidas
O grupo Alimentação e bebidas teve seu quarto aumento consecutivo em dezembro. A alimentação no domicílio subiu 1,17%, influenciada pelas altas das carnes (que aumentaram 5,26%), com destaque para costela (com avanço de 6,15%), alcatra (com alta de 5,74%) e contrafilé (que subiu 5,49%), além do óleo de soja (que teve alta de 5,12%) e do café moído (que subiu 4,99%). Já as quedas em destaque foram limão (que recuou 29,82%), batata-inglesa (que caiu 18,69%) e leite longa vida (que teve queda de 2,53%).
A alimentação fora do domicílio encereceu 1,19% e acelerou ante o mês anterior, quando subiu 0,88%. A refeição subiu 1,42% e foi o subitem com a maior contribuição individual, seguido do lanche com alta de 0,96%.
Transportes
No grupo dos Transportes a alta foi de 0,67% e o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços do transporte por aplicativo, que subiram 20,70%, e das passagens aéreas, com alta de 4,54%.
Os combustíveis aumentaram 0,70%. O etanol subiu 1,92%, o óleo diesel avançou 0,97%, a gasolina encareceu 0,54% e o gás veicular teve alta de 0,49%.
Habitação
No grupo Habitação houve queda de 0,56%, impactada pelo recuo de a,19% na energia elétrica residencial devido ao retorno da bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional nas contas.
Ainda em Habitação, a alta de 0,70% da taxa de água e esgoto foi influenciada pelo reajuste de 9,83% no Rio de Janeiro. Já o subitem gás encanado teve leve queda de 0,01% e reflete a redução de 0,51% também nas tarifas no Rio de Janeiro.

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