IPCA de fevereiro volta a aligeirar e tem a maior subida para o mês desde 2003. Onde vai parar a Selic?
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2022/V/7/zpB2K6QXOlDnn5KpXwAQ/gettyimages-1360200099.jpg?ssl=1)
O Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Espaçoso (IPCA), classificado uma vez que a “inflação solene” por ser considerado pelo Banco Mediano para calibrar a Selic, subiu 1,31% em fevereiro, conforme divulgou o Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12). O indicador mostrou, portanto, uma aceleração, tendo em vista que em janeiro ele subiu 0,16%. Segundo o IBGE, essa foi a maior subida para o mês desde 2003.
No ano, o IPCA acumula subida de 1,47% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,06%, supra dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores (e muito supra do limite considerado tolerável pelo Banco Mediano, que é de 4,5%). Em fevereiro de 2024, a variação havia sido de 0,83%.
Secção dessa aceleração, no entanto, é explicada por fatores pontuais, uma vez que a reembolso do bônus de Itaipu e os reajustes de mensalidade escolar. Para quem não se lembra, o bônus de Itaipu barateou as contas de eletricidade em janeiro. No mês pretérito, milhões de brasileiros tiveram uma redução na conta de luz de até R$ 49, fruto da distribuição do saldo positivo da hidrelétrica referente a 2023. O desconto foi talhado a consumidores que tiveram consumo menor que 350 quilowatts hora em ao menos um mês de 2023.
O resultado veio levemente inferior das projeções dos economistas. A mediana das 36 projeções coletadas pelo Valor Data, apontavam que o IPCA de janeiro seria de 1,32%. O pausa das estimativas ia de 1,18% e 1,46%.
Porquê o resultado impacta a Selic e o seu bolso?
Além da inflação impactar o bolso das pessoas no dia a dia (finalmente, ela mostra que, de um modo universal, as coisas estão ficando mais caras), ela também mexe com a vida dos investidores, mormente com a Selic.
Quando há uma subida dos preços, o instrumento usado pelo Banco Mediano pra moderar esse progressão é a taxa básica de juros. Portanto, a poder monetária pode aumentar os juros para encarecer o crédito às pessoas e empresas e, dessa forma, moderar o consumo e frear a inflação. O mesmo acontece no cenário oposto. Se a subida dos preços está sob controle, a poder monetária pode trinchar os juros (ou seja, “baratear o numerário”) para incentivar que as pessoas e empresas voltem a gastar sem que isso comprometa o bolso delas. Portanto, é um incitação para a economia aquecer.
Atualmente, o Banco Mediano voltou a aumentar a Selic por conta da preocupação com a inflação.
É importante lembrar que objetivo do Banco Mediano é de trazer a inflação para 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para insignificante. Portanto, o “limite” seria de 4,5% ao ano, muito inferior dos 5,06% registrados em 12 meses.
O que subiu e o que caiu?
No grupo Ensino, a subida foi de 4,70% e a maior imposto veio dos cursos regulares (com progressão de 5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Segundo o IBGE, as maiores variações vieram do ensino fundamental (7,51%), do ensino médio (7,27%) e da pré-escola (7,02%).
No grupo Habitação a subida foi de 4,44% e a virilidade elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice ao continuar 16,80% em fevereiro depois de tombar significativamente em janeiro por conta do Bônus de Itaipu.
No grupo Alimento e bebidas, a subida foi de 0,70%. A alimento no estância subiu 0,79% em fevereiro e mostrou uma desaceleração em relação a janeiro, quando subiu 1,07%. Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de penosa (que subiu 15,39%) e do moca moído (que aumentou 10,77%). No lado das quedas, batata-inglesa barateou 4,10%, o arroz caiu 1,61% e o leite longa vida teve recuo de 1,04%.
A alimento fora do estância subiu 0,47% e também desacelerou em relação ao mês de janeiro. O lanche subiu 0,66% e a repasto aumentou 0,29%, ambos tiveram variações inferiores às observadas em janeiro.
No grupo dos Transportes a subida foi de 0,61% e, segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pelo aumento nos combustíveis (que subiram 2,89%). O óleo diesel aumentou 4,35%, o etanol subiu 3,62% e a gasolina avançou 2,78%. Exclusivamente o gás veicular teve queda, com 0,52% de recuo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2022/V/7/zpB2K6QXOlDnn5KpXwAQ/gettyimages-1360200099.jpg)

/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2021/f/B/rWSLWgTnAW0bZAjwV9Eg/mega-sena-da-virada-bilhete-aposta-agbr.jpg?ssl=1)
Publicar comentário