'Já estava por demais penoso', diz presidente da Febraban sobre término do ciclo de subida da Selic
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Embora a decisão de manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15%, já fosse considerada unânime — sendo amplamente esperada pelo mercado —, na avaliação do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, a decisão foi “correta e auspiciosa”, encerrando um ciclo que “já estava por demais penoso de subida da Selic, combinando técnica, cautela e ousadia em doses cirúrgicas”.
“Do ponto de vista técnico e a limitado prazo, entendo que as condições para que os juros básicos não mais subissem, de indumento, estavam dadas. O próprio Copom, aliás, reconheceu alguma moderação no incremento econômico, enquanto a inflação, apesar de ainda supra da meta, dá sinais de inflexão. Adicionalmente, embora permaneça crescendo em dois dígitos, o crédito, também, dá sinais de colocação, inclusive oferecido o nível bastante ressaltado das taxas de juros, movimento que deve se intensificar no 2º semestre”, diz a nota da Febraban com o posicionamento do executivo.
Na visão de Sidney, o tarifaço de Trump também pode contribuir com “alguma desinflação internamente”, seja pelo aumento da oferta doméstica de alguns produtos importantes, o que pode reduzir os preços no contexto lugar, seja por uma intensificação do processo de desaceleração econômica. Porém, o cenário também pode ser o oposto, caso traga pressões na taxa de câmbio (e valorização do dólar), com “impacto inevitável na inflação”, pondera.
Apesar de estimar que o Copom foi bastante precatado em sua decisão, citando que esta pode ser unicamente uma pausa e não necessariamente o término do ciclo no caso de piora do cenário, Sidney avalia que a piora, “a esta profundeza”, parece pouco provável.
“Acho que o Copom aproveitou corretamente a oportunidade e acertou muito a mão ao interromper a subida dos juros, por conta da melhora das condições conjunturais, embora correndo um risco cirurgicamente calculado de enfrentar alguma novidade piora no quadro de inflação, seja pelo cenário extrínseco, seja pelo agravamento do quadro fiscal”, diz ele.
Por outro lado, o comitê voltou a mencionar que a Selic deve permanecer em patamar ressaltado por um longo período, quase que afastando a possibilidade de encetar, no limitado prazo, o início dos cortes, o que, na avaliação de Sidney, “seria muito importante para mitigar o aperto monetário que já se mostrava sacrificante para a economia“.
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