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JBS (JBSS3) cai na bolsa, apesar de aprovação da dupla listagem em câmara

JBS (JBSS3) cai na bolsa, apesar de aprovação da dupla listagem em câmara

JBS (JBSS3) cai na bolsa, apesar de aprovação da dupla listagem em câmara

JBS (JBSS3) cai na bolsa, apesar de aprovação da dupla listagem em câmara

As ações da JBS (JBSS3) recuram no pregão desta sexta-feira (23), apesar da aprovação da dupla listagem dos papéis da companhia votada na Câmara Universal Extraordinária da companhia, realizada na manhã de hoje. Os papéis iniciaram o dia em subida, chegando a subir quase 2%, mas fecharam em queda de 1,23%, negociadas a R$ 41,74.

Enrico Cozzolino, sócio e director de estudo da Levante Investimentos, explica que a reação do mercado foi positiva do mercado — e até antecipada — sobre o resultado da câmara. No entanto, em virtude do cenário macro brasílico (lado fiscal), o papel cai “uma vez que a maioria dos ativos”.

“Apesar desse copo meio pleno para a JBS —que não é uma empresa novidade, é a mesma empresa, mas muda sua sede jurídica unicamente e continua com a mesma operação —, acaba caindo porque, ainda assim, é uma empresa brasileira, tem segmento na receita de Brasil, tem questões de questão cambial para enfrentar em boa segmento dessa operação, e tem, obviamente, nesse momento, ainda atende a legislação brasileira e sofre cá com o cenário sítio”, explica o profissional.

A decisão é mais um passo para a empresa ter ações negociadas tanto na bolsa brasileira, quanto na bolsa de Novidade York.

O que muda para o investidor?

De entendimento com Indumentária Relevante divulgado pela companhia, os papéis serão negociados no Brasil e nos EUA, “tendo uma vez que veículo a JBS N.V.1 , uma sociedade constituída de entendimento com as leis da Holanda (“JBS N.V.”), que obterá registro de emissora estrangeira perante a CVM para ter Brazilian Depositary Receipts – BDRs Nível II admitidos à negociação na B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão (“B3”)”.

Na prática, com essa restruturação, as ações da JBS deixarão de ser negociadas diretamente na B3. Em seu lugar, os acionistas receberão BDRs lastreados nas ações da novidade holding, a JBS N.V., sediada na Holanda. Esses BDRs continuarão sendo negociados na bolsa brasileira, enquanto as ações da JBS N.V. serão listadas na Bolsa de Novidade York (NYSE), explica Sidney Lima crítico da Ouro Preto Investimentos

A expectativa é que as ações comecem a ser negociadas na Bolsa de Novidade York em 12 de junho. A companhia vai seguir listada no Brasil, via BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na B3 e, de entendimento com a JBS, o objetivo da dupla listagem é “destravar valor da empresa, adequar a estrutura de capital ao perfil global e diversificado da companhia e ampliar a capacidade de investimento”.

“Com a dupla listagem, buscamos uma estrutura corporativa que reflita melhor a nossa presença global e as nossas operações internacionais diversificadas, além de facilitar a implementação da nossa estratégia de prolongamento e reunião de valor. A medida deve destravar ainda mais valor da JBS, com maior entrada a investidores e a juros mais competitivos, para ampliar a capacidade de financiar o prolongamento a um menor dispêndio, acelerando a estratégia de diversificação”, explica o diretor financeiro da JBS, Guilherme Cavalcanti.

No mês de março, o Bank Of America havia engrandecido o sólido momento de lucros da companhia e o potencial de valorização suplementar caso a listagem nos Estados Unidos (EUA) avance. À quadra, o BofA elevou o preço-alvo do papel de R$ 48 para R$ 55.

De entendimento com o Mundo Rústico, a JBS vai modificar sua estrutura de governança, fundando a LuxCo, em Luxemburgo, subsidiária da JBS Participações, unidade que integra o grupo de controle da JBS, ao lado da J&F.

  • A LuxCo receberá duas classes de ações (classes A e B) de uma empresa criada na Holanda, a JBS NV. Esta, por sua vez, será a novidade controladora da JBS, e serão as ações dessa empresa as listadas na bolsa americana.
  • Na listagem das ações em Novidade York, os minoritários da JBS S.A. receberão uma ação preferencial da JBS Participações para cada conjunto de duas ações da JBS S.A. que hoje detêm. Em seguida, as ações ordinárias da JBS S.A. serão resgatadas por um Brazilian Depositary Receipts (BDR) lastreado em uma ação class A da JBS N.V.

Segundo a JBS, as datas estimadas para os próximos passos são:

  • 30 de maio – epílogo do registro da JBS N.V. com emissor estrangeiro na CVM;
  • 6 de junho – último dia de negociação das ações da JBS S.A. na B3;
  • 9 de junho – início da negociação de BDRs da JBS N.V.;
  • 12 de junho – início da negociação das ações da JBS N.V. na NYSE.

Por que a dupla listagem pode ajudar a companhia?

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, explica que o otimismo sobre a dupla listagem acontece em razão do mercado dos Estados Unidos ser “muito mais líquido, com muito mais interesse e por ter muito mais empresas de conferência em tamanhos maiores”, além de uma perspectiva de que, listada nos EUA, a JBS vai conseguir diminuir o dispêndio da dívida a médio e longo prazo.

“Isso seria um favor, considerando que cá no Brasil temos taxas de juros muito altas e lá nos Estados Unidos muito menores, por mais que ela já consiga fazer algumas emissões nos Estados Unidos, ser listada sempre dá uma transparência extra é isso que ela está buscando. Simples que tem um porém, que é o dispêndio, a empresa precisa manter mais relacionamento com o investidor para estar listada nos EUA, além de obrigações”, explica o estrategista.

Com informações do Valor PRO, serviço de notícia em tempo real do Valor Econômico.

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Frontispício da Unidade da JBS, em Rolândia — Foto: Divulgação/JBS

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