Lucro da WEG (WEGE3) sobe 10,4% no 2º trimestre

O lucro antes de juros, impostos, desdoiro e amortização (Ebitda) atingiu R$ 2,26 bilhões, 6,5% superior ao segundo trimestre de 2024, com destaque para a margem Ebitda de 22,1%, 0,8 ponto percentual menor do que no segundo trimestre de 2024.

A receita operacional líquida foi de R$ 10,21 bilhões no período, 10,1% superior ao reportado no ano anterior. O progresso da receita foi puxado principalmente pelo mercado extrínseco, porquê vem ocorrendo nos últimos trimestres, que cresceu 17,3% em reais e 8,2% em dólares.

Destaque para a América do Setentrião, que respondeu por quase metade da receita externa, e para o possante prolongamento na África (+43%) e Ásia-Pacífico (+24%). No consolidado do ano, a empresa fechou com subida de 17,2%, para R$ 20,2 bilhões.

No segmento de geração, transmissão e distribuição de força (GTD), a receita caiu 1,6% no mercado interno, devido à exiguidade de projetos eólicos, mas foi compensada por um possante desempenho da geração solar e pelo progresso nas entregas de transformadores e subestações. No exterior, a espaço manteve prolongamento de dois dígitos, beneficiada por entregas nos EUA e China, principalmente para data centers.

Ao Valor, o diretor financeiro da companhia, André Rodrigues, diz que mesmo diante de um cenário político e econômico global marcado por incertezas e subida volatilidade, a empresa conseguiu fazer importantes entregas.

O projecto de investimentos para o ano é de R$ 2,6 bilhões, o maior da companhia. No período, a companhia aportou R$ 583,4 milhões em modernização e expansão da capacidade produtiva, sendo 63,4% destinados às unidades produtivas no Brasil e 36,6% exterior. A indústria de motores segue mapeando oportunidades de prolongamento em diferentes frentes.

“Vamos modulando e encontrando oportunidades de prolongamento”, afirmou o executivo. Rodrigues destaca o progresso na entrega de transformadores de grande porte e o bom desempenho de setores porquê óleo, gás, chuva e saneamento no mercado extrínseco.

“Transmissão e distribuição continuam muito possante. A quantidade de investimentos está aumentando e o mundo está se tornando mais eletrificado, o que exige mais capacidade nessa espaço”, completou.

O pregão do presidente dos EUA Donald Trump sobre tarifação em 50% do Brasil elevou a tensão entre investidores, já que 22% do que a WEG vendeu no mundo foi para o mercado americano. Rodrigues, diz que a empresa já tem mapeado um projecto de realocar rotas de exportação por conta das incertezas.

“Ao longo dos últimos anos, a WEG tem depressa a expansão de capacidade produtiva, aumentando a presença industrial global em diversas geografias, porquê Turquia, aumento de capacidade na China, Índia, México e no próprio EUA. A gente entende que podemos realocar rotas de exportação utilizando a produção, por exemplo, utilizando o Brasil para atender no México e Índia, por exemplo, e usar a produção destes países para atender o mercado americano”.

Entre os eventos extraordinários, a obreiro de motores elétricos anunciou no trimestre a compra dos ativos da Heresite Protective Coatings, empresa americana de revestimentos industriais, por US$ 9,5 milhões.

Teor originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico