Lucro líquido da Klabin (KLBN11) recua 6% no 1º trimestre

As receitas da companhia do setor de papel e celulose chegaram a R$ 4,8 bilhões entre janeiro e março, progresso de 10% sobre o mesmo período de 2024, favorecida principalmente pelo progresso dos preços de kraftliner e embalagens e pelo efeito da valorização do dólar frente ao real.

O lucro antes de juros, impostos, desabono e amortização (Ebitda) ajustado da Klabin chegou a R$ 1,8 bilhão nos três primeiros meses de 2025, subida de 13% no ano. A margem Ebitda ajustada avançou 1 ponto percentual, a 38%.

“Os recentes anúncios tarifários do governo norte-americano levantaram preocupações quanto ao risco de desaceleração no negócio internacional e seus efeitos nos fluxos globais em diversos setores, que ao mesmo tempo podem ser oportunidades de mercado para a Klabin. No mercado sítio, o aumento da taxa de juros e as condições macroeconômicas refletiram nos mercados, com impactos na demanda e consumo domésticos”, afirma a companhia, em expedido que acompanha os resultados.

O dispêndio caixa por tonelada da Klabin, incluindo efeitos das paradas gerais de manutenção, teve subida de 11% em um ano, a R$ 3,335, explicado principalmente pelo aumento dos custos.

O volume totalidade de produção de celulose e papéis foi de 1.043 milénio de toneladas de janeiro a março, redução e 1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

A companhia anunciou que a fábrica de reciclados de Franco da Rocha (MP30), paralisada desde novembro de 2022 por razões mercadológicas, foi desmobilizada e o ativo imobiliário será posto para desvairo. A capacidade da unidade era de 45 milénio toneladas anuais.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 158 milhões, um aumento de 58% perante o mesmo período de 2024, principalmente pela variação da marcação a mercado dos títulos públicos no período.

A empresa gerou R$ 492 mihões de fluxo de caixa livre, revérbero do maior resultado operacional, menores investimentos e das iniciativas de eficiência em capital de giro. A dívida líquida da Klabin era de R$ 30,4 bilhões ao término de março, com a alavancagem em 3,9 vezes o Ebitda.

Teor originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico