Lula deve fazer reforma ministerial antes de 21 de janeiro

“O presidente está focando em aperfeiçoar a gestão. Portanto, há um indicativo do presidente de que as mudanças que ocorrerem, ele quer fazer eventuais mudanças ainda neste mês, daquelas que serão feitas. Até para que aquele que entrar possa ter mais tempo de fazer as alterações daquilo que o presidente espera”, afirmou. “Nós teremos uma reunião de ministérios no dia 21. E, eventualmente, alterações, se o presidente assim decidir, devem ser feitas antes dessa reunião ministerial.”

A primeira troca do ano no governo foi oficializada nesta semana no comando da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). O publicitário Sidônio Palmeira assumiu o lugar do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e deve terminar de montar sua equipe nesta semana, para tomar posse na próxima terça-feira.

O objetivo de Lula é afinar a comunicação do governo, criticada dentro do Palácio e entre aliados de Lula, a fim de melhorar a imagem do governo com vistas à eleição de 2026.

Há expectativa de trocas em outros ministérios, desta vez para angariar apoio no Congresso, mas também a fim de consolidar uma aliança para uma eventual reeleição de Lula no ano que vem.

Rui Costa não especificou onde haveria trocas. Mas no Planalto há uma forte defesa de que o PSD da Câmara, que hoje comanda o Ministério da Pesca com André de Paula (PE), ganhe uma pasta mais robusta. Há pleitos de outros partidos, mas fontes palacianas dizem acreditar que a reforma a que Rui Costa se refere será mais tímida do que as expectativas, com poucas mexidas e pontuais.

Havia a expectativa de que Lula esperasse a eleição para a troca do comando e da composição das mesas da Câmara e do Senado para fazer a reforma. Mas, com a fala, Rui Costa deixa claro que isso não ocorrerá.

Na entrevista à GloboNews, o ministro disse ainda que Lula “orientou todos os ministros a não interferir na eleição do Legislativo”. E afirmou, sobre os virtuais futuros presidentes das Casas, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que espera manter um bom nível de diálogo com ambos. Afirmou ainda que esse “nível de diálogo” é importante para “a aprovação das medidas que interessam não ao governo, mas à sociedade brasileira”.

Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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