Lula lidera cenários de 1º e 2º vez para 2026 e abre vantagem sobre Tarcísio, diz Genial/Quaest
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança nas simulações de primeiro e segundo vez para 2026, de concordância com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (9). O levantamento feito neste mês, a um ano das eleições, mostra que os nomes mais competitivos contra Lula em eventual segundo vez são os de Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro (PL).
Segundo a pesquisa, Lula tem entre 35% e 43% das intenções de voto, nos oito cenários de primeiro vez testados. O levantamento ouviu 2.004 pessoas entre quinta-feira (2) e domingo (5) e possui margem de erro de dois pontos.
É importante lembrar que quando existem sinais de uma crescente aprovação ao governo atual, o gosto por risco pode permanecer mais reduzido no Brasil. Isso porque diminui a expectativa de uma verosímil troca de governo e, na visão de muitos investidores, a manutenção da atual gestão pode valer menor comprometimento com a responsabilidade fiscal.
Outrossim, há a percepção de que, com a popularidade em subida, o governo pode se sentir menos pressionado a adotar medidas de ajuste nas contas públicas, priorizando políticas de incentivo ou de caráter eleitoral. Por isso o mercado financeiro também acompanha de perto esse tipo de levantamento.
O que mais mostrou a pesquisa?
O melhor desempenho entre os candidatos oposicionistas é o de Bolsonaro — que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi sentenciado por tentativa de golpe de Estado pelo Supremo Tribunal Federalista (STF). Bolsonaro marca 26% contra 35% de Lula.
Contra Michelle, Lula tem 36%, e a ex-primeira-dama possui 21%. Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula alcança 39%, e o governador de São Paulo registra 18%. Contra Eduardo Bolsonaro (PL), Lula chega a 35%, e o deputado federalista tem 15%.
Outros governadores de oposição cotados para a disputa, uma vez que Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União), Ratinho Junior (PSD) e Eduardo Leite (PSD), também ficam detrás do petista.
Nas simulações de segundo vez, cresceu a vantagem de Lula sobre Tarcísio, na confrontação com a pesquisa do mês anterior. A diferença, que era de 8 pontos em setembro, passou para 12 pontos percentuais. Num embate direto, Lula tem agora 45%, diante de 33% de Tarcísio, visto uma vez que principal aposta da oposição.
Na simulação de primeiro vez com os dois concorrendo, Lula tem agora uma intervalo de 21 pontos para Tarcísio. Em setembro, eram 18 pontos. O governador de São Paulo sofreu prejuízo de imagem desde o início da ofensiva de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e acumulou desgastes por proteger o tarifaço do presidente Donald Trump e por subir o tom no embate com o STF, em resguardo de Jair Bolsonaro.
Nos cinco cenários de primeiro vez em que o nome de Eduardo Bolsonaro foi testado, os resultados dele variam de 15% a 23%. O melhor desempenho do deputado (23%) é num cenário em que os outros candidatos são Lula (43%) e Caiado (10%).
A Quaest mostra que o candidato que mais se aproxima de Lula no segundo vez é Ciro Gomes. Num eventual confronto contra seu ex-ministro, Lula tem 41%, e o rival marca 32% (intervalo de 9 pontos percentuais).
Ainda nas simulações de segundo vez, Lula possui 46%, avante de Jair Bolsonaro, com 36% (diferença de 10 pontos). Contra Michelle, Lula registra 46%, e a ex-primeira-dama alcança 34% (diferença de 12 pontos).
O oponente com o pior desempenho num enfrentamento contra Lula é Leite. O presidente, com 45%, abre 23 pontos de vantagem sobre o governador do Rio Grande do Sul, que registra 22%.
Apesar da vanguarda de Lula, a maioria do eleitorado acha que ele não deveria se candidatar à reeleição em 2026. Hoje, 56% dos eleitores têm essa opinião, uma oscilação para grave na confrontação com os 59% que viam dessa maneira no mês pretérito. Os que acham que Lula deveria concorrer são 42% (diante de 39%).
Já sobre Bolsonaro, a fatia que considera que ele deveria penetrar mão de se candidatar e estribar outro nome é de 76%, mesmo patamar de setembro. E os eleitores que afirmam que o ex-presidente deveria manter o projecto de se candidatar são 18% (eram 19%).
A Quaest divulgou na quarta-feira (8) os resultados da avaliação do governo Lula. A desaprovação (49%) seguiu a tendência de queda e empatou com a aprovação (48%), no primeiro levantamento depois da votação da isenção do Imposto de Renda.
A avaliação positiva (33%) e a negativa (37%) do governo estão empatadas dentro do limite da margem de erro da pesquisa. Na rodada anterior, de setembro, a avaliação positiva era de 31%, e a negativa, de 38%.
Teor originalmente publicado pelo Valor PRO; serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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