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Mercado financeiro adianta discussões sobre eleições 2026. Porquê investir agora?

Mercado financeiro adianta discussões sobre eleições 2026. Porquê investir agora?

Mercado financeiro adianta discussões sobre eleições 2026. Porquê investir agora?

Mercado financeiro adianta discussões sobre eleições 2026. Porquê investir agora?

O pêndulo político global oscila para a direita. A quase dois anos da eleição presidencial no Brasil, a consolidação desse cenário cai muito para a maioria dos agentes do mercado financeiro, que tem aumentado o gosto ao risco a cada novo sinal de que a guia de Luiz Inácio Lula da Silva ou de qualquer governo do PT para o Planalto estaria mais próxima. As conversas sobre a corrida eleitoral deveriam agitar o país mais perto do próximo ano, mas foram adiantadas e já estão provocando volatilidade nos preços dos ativos domésticos.

Os conflitos ideológicos e desentendimentos sobre o papel do Estado na economia entre a esquerda (ou centro-esquerda, porquê queira) e grandes agentes do mercado financeiro não são novos nem exclusivos do Brasil.

  • Além dos conflitos porquê cidadão, ao pequeno investidor, resta mais uma questão: porquê preparar uma carteira de investimentos que possa resistir a esses sobressaltos, faltando quase dois anos para as eleições?

Alguns ativos se sobressaem neste momento em que o mercado financeiro aposta na saída de Lula do poder. O chamado “kit Brasil” – ações de empresas daqui, juros e o realandou se valorizando com as perspectivas de riscos fiscais e econômicos menores no horizonte de médio a longo prazo – de 2026 em diante, precisamente.

E o investidor não precisaria estar necessariamente investindo no mercado de câmbio ou nos contratos futuros de juros para surfar essa descompressão. Uma carteira de ações domésticas, que respondem aos ciclos da economia brasileira e se valorizam com o fortalecimento do real, já seria suficiente para engatar os ganhos na renda variável.

  • Pode parecer somente lógico, portanto, aumentar posições em ações de empresas mais dependentes da economia interna. Só que nascente não é o posicionamento recomendado pelos especialistas ouvidos pelo Valor Investe.

Com a volatilidade e as incertezas de pequeno prazo, essas projeções apontam para uma piora antes de o envolvente para investimentos melhorar no Brasil.

Acredito que ainda é muito cedo para o investidor adotar um proporção de confiabilidade muito cima com base nesse cenário [de não reeleição de Lula], porque a corrida eleitoral está longe. Nós ainda não sabemos nem quem serão os reais candidatos. A verosimilhança de Lula buscar a reeleição é subida, mas não tem zero guardado. Tudo pode mudar completamente em questão de poucos dias e ainda tem muita chuva para rolar”, avalia Marco Noernberg, dirigente de renda variável da Manchester Investimentos.

Mas faz um ano que investidores andam desgostosos com o vestimenta de terem oferecido o voto de crédito para o busto fiscal e ao governo, para depois se frustrarem com as sucessivas derrotas da flanco econômica perante a flanco política, segundo Matheus Spiess, comentador da Empiricus.

Assim, neste prelúdios de ano, agentes do mercado financeiro também estavam ávidos por antecipar o debate eleitoral. “É por isso que estamos discutindo as eleições e possíveis candidatos 20 meses antes, o que não é normal.”

Embora já tenham começado a traçar suas próprias estratégias para a mudança na presidência da República, gestores e analistas reconhecem que as apostas estão altas – e bastante arriscadas.

No que o mercado financeiro aposta?

Nesse cenário político, a Empiricus retomou a retórica pela qual ficou conhecida no mercado financeiro, em 2015, do “término do Brasil”, um quadro em que o investimento em ativos domésticos não é zero simpático. Mas a silabário ganhou uma rostro novidade.

Hoje, o ‘término do Brasil 2.0’ é mais uma incerteza que suscitamos, não um cenário. A nossa tese mesmo é a do pacto fáustico [referência a um mito alemão que data do século 16 e é bastante referenciado na literatura clássica, em que o personagem central faz um pacto com um demônio, sacrificando valores espirituais em troca de poder, conhecimento ou ganho material]. A teoria é de um ano ruim para nove anos bons. O ano ruim e de incertezas é nascente, 2025, um ano de transição”, explica Spiess.

  • A lar de estudo enxerga nascente ano porquê uma ponte para 2026. Neste sentido, agora o solo começaria a ser pavimentado para os próximos “nove anos bons” de que fala em sua tese, que estariam associados à mudança no governo.

Seriam dois mandatos reformistas. Portanto, a resposta para a incerteza de, se estamos ou não no ‘término do Brasil 2.0’ é que ainda não estamos. Mas esse cenário crítico se materializaria se caminhássemos, porquê fizemos em 2014, para a reeleição de uma placa com a mesma política econômica que estamos vendo agora: avessa à reforma fiscal profunda no Brasil, um pouco que consideramos necessário”, conclui Spiess sobre o paralelo que a lar faz entre o governo Lula 3 e a reeleição de Dilma Rousseff.

Valter Bianchi Rebento, sócio-fundador da gestora Fundamenta Investimentos, também prevê uma mudança política na eleição de 2026, mas prefere não pregar em uma saída de Lula do Planalto. Para ele, uma mudança de postura e oração na placa já ajudaria a vencer a corrida presidencial.

Nenhum dos dois polos políticos brasileiros têm um candidato sacramentado atualmente. Do PT, é esperado que o presidente tente a reeleição. Mas se fala de, na impossibilidade de Lula, Fernando Haddad, ministro da Quinta, porquê um provável sucessor.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, é indigitado atualmente porquê o herdeiro da liderança da direita num cenário de Bolsonaro recluso.

Entre os possíveis regentes das dinastias da esquerda e da direita política no Brasil, os grandes investidores têm seu predilecto.

A opinião popular deve se inclinar para quem vier com um oração de tornar o Estado brasiliano mais eficiente e sofrear a trajetória da dívida pública. Isso daria uma previsibilidade que deve descomprimir os preços dos ativos, não só os das ações na bolsa, mas também no mercado de câmbio”, resume Bianchi Rebento.

Em outras palavras, quando saem pesquisas que mostram queda da popularidade de Lula ou notícias que antecipam menos chances de o presidente da República se lançar à reeleição, esses agentes (que têm capacidade de, com alguns movimentos, mexer nos preços dos ativos) reagem com otimismo.

Dois episódios emblemáticos da bolsa brasileira nos últimos meses ilustram o cenário.

O primeiro foi na quarta-feira 11 de dezembro, em que o Ibovespa recuava com dados econômicos que indicavam inflação mais potente por cá. Por volta das 16h30 daquela tarde, os movimentos se inverteram. O principal índice da bolsa deu uma guinada e chegou a subir 1,5%, já o dólar despencou junto com as apostas para os juros.

A notícia que mexeu com o mercado foi a de que Lula seria submetido a um novo procedimento cirúrgico. Na noite de segunda-feira daquela semana, o presidente da República, com 79 anos de idade, foi internado em Brasília com dores e, em seguida exames, transferido às pressas para o hospital de referência, em São Paulo. Na terça, passou por uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça.

Já na cabeça de agentes do mercado financeiro, foi plantado um cenário sem Lula.

Mais de dois meses depois, em 14 de fevereiro, a pesquisa do Datafolha com cenários de possíveis presidenciáveis saiu: a popularidade de Lula caiu aos menores níveis, e a repudiação escalou aos maiores índices de todas as suas três passagens pelo Planalto.

Mas, para Carlos Woelz, sócio-fundador da Kapitalo Investimentos, o cenário era esperado. “Investidores já estavam projetando um nível de inflação que tornaria muito pouco provável a ininterrupção da política econômica, seja por uma mudança de visão do governo ou por uma troca de governo. Portanto o efeito na popularidade era previsível, e secção do mercado via isso lá em dezembro”, disse durante participação em evento organizado pelo BTG.

Para ele, mesmo faltando quase dois anos para as eleições, um erro de política econômica gigantesco neste momento tem capacidade de afetar o desempenho do candidato petista no pleito.

Em que ativos apostar agora?

A Empiricus aposta na valorização da bolsa brasileira por ter uma visão construtiva para os ativos domésticos com a tese do pacto fáustico. “Não vemos o ‘término do Brasil 2.0’ se materializando”, acrescenta Spiess sobre uma verosímil reversão da tendência de extenuação de Lula.

Os especialistas admitem que o governo pode virar o jogo. Mormente via medidas populistas, porquê a ampliação da fita de isenção do Imposto de Renda, que está prevista para ser votada no Congresso nascente ano.

A questão é que os grandes agentes do mercado financeiro, diferentemente do Planalto, entendem que essas políticas podem provocar um desequilíbrio nocivo à economia, o que acabaria criando um efeito inverso do solicitado por Lula.

Nossa tese é pró bolsa brasileira, mas o investidor compraria hoje com um horizonte mais expandido, porque os ativos atravessarão solavancos [volatilidade] nesse caminho.”, acrescenta Spiess.

Sob o peso do cenário que pregou a aversão ao risco nos últimos anos no Brasil, o comentador vê porquê fator positivo o vestimenta de ações de empresas de qualidade estarem baratas. A aposta da lar para a bolsa, portanto, são as teses de empresas que pagam dividendos, têm resultados previsíveis e são lucrativas.

  • Nesse grupo, são citados os grandes bancos, empresas do setor de força elétrica e as de saneamento. Para commodities, a lar se atém às grandes exportadoras de minério, petróleo e celulose, mas faz ressalvas à Petrobras, que entra no “kit eleição” por ser contaminada pela narrativa política. Já aqueles que insistem no varejo devem dar preferência aos nomes que trabalham com segmentos de subida renda, que atravessam melhor ciclos inflacionários.

São ações que, mesmo numa viradela do cenário que nós temos hoje [com reeleição de Lula ou de outro candidato eleito em plataforma de expansão dos gastos públicos], conseguem ser muito defensivas. Porque estamos olhando para empresas que conseguem repassar inflação, manter o pagamento de dividendos e capturam qualquer capital mesmo num envolvente de aversão ao risco”, diz.

  • A Empiricus ainda cogita que um investidor muito tolerante ao risco, que tem estômago para enfrentar bastante volatilidade, tenha entre 20% e 30% do seus investimentos em empresas brasileiras. “Para essas pessoas, eu não recomendo transfixar mão de empresas de qualidade. Mas é verosímil ainda ter 10% dessa carteira de ações em empresas de baixa capitalização [small caps], que são mais alavancadas, mas conseguem ter uma ‘explosão’ com a transmigração do pêndulo político”, defende o comentador.

Na renda fixa, a Empiricus tem oferecido preferência a títulos com vencimentos de longo prazo. Além de rentabilidade simpático neste momento, principalmente em títulos indexados à inflação, os Tesouro IPCA+. “A teoria é carregar para lucrar com a marcação ao mercado quando o cenário virar, nessa teoria de mudança no cenário político, com propostas de reforma fiscal de 2027 em diante”, pondera Spiess.

A cabeça da equipe da lar é que, em um envolvente de menor risco fiscal no Brasil, os juros dos títulos do Tesouro cairiam adiante. Isso tornaria os papéis com a rentabilidade atual mais atraentes e eles se valorizariam no mercado secundário.

Noernberg, embora admita que esse cenário político deva produzir um impacto positivo nos ativos, é mais precatado. Ele reconhece que, pela visão que predomina hoje no mercado financeiro, os ativos da bolsa brasileira estão com preços comprimidos e tendem a subir fortemente com um governo mais pró economia e agenda reformista.

“Mas é difícil pregar até que ponto a bolsa pode ir se a mudança política intercorrer. Vimos a mesma história num pretérito recente. Em 2022, o oração era que o mercado desabaria se o Lula ganhasse as eleições e não foi exatamente isso que aconteceu. No prelúdios do procuração, o mercado estava esperando o pior e não foi o que se viu lá naquele primeiro ano”, pondera o técnico da Manchester.

  • A Empiricus ainda reconhece essa possibilidade, por isso, a lar recomenda que o investidor deve ter o dólar porquê principal moeda para proteger a carteira. Não necessariamente muito alocado em bolsas americanas, que estão enfrentando mais volatilidade, mas em câmbio ou outros ativos.

Ou por outra, Spiess lembra que a gestora tem uma pequena porção da carteira em ativos clássico de proteção dos investimentos, com ouro e outros metais preciosos. “Para alguns, vale ter também alguma alocação temática, coisa de 1% ou menos da carteira, porquê em criptoativos”, finaliza.

Mas o mais importante, segundo ele, é que o investidor mantenha um montante considerável em caixa, que é o quantia que pode ser resgatado a qualquer momento.

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Presidente Lula — Foto: Brenno Roble/Escritório O Orbe

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