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Mercado monitora Livro Bege, dados do varejo e falas de dirigentes do BC

Mercado monitora Livro Bege, dados do varejo e falas de dirigentes do BC

A quarta-feira (15) é marcada por divulgações importantes no Brasil e nos Estados Unidos. Por cá, os dados do varejo ajudam a entender o quão aquecida está a economia. Nos Estados Unidos, quem faz esse papel é o Livro Bege. Outrossim, ainda ficam no radar falas de dirigentes do Banco Médio em Washington, o vaivém nas relações dos EUA e China a temporada de balanços norte-americana, que hoje conta com as divulgações do Bank of American e o Morgan Stanley.

Depois dos dados de serviços mostrarem uma subida de 0,1% em agosto diante de julho, a sétima subida mensal, os investidores ficam de olho no varejo.

Segundo as 22 projeções colhidas pelo Valor Data, o varejo restrito deve ter interrompido uma sequência de quatro quedas consecutivas em agosto e registrar subida de 0,2% diante de julho. Caso o resultado se confirme, o varejo restrito terá a primeira subida desde março, período no qual acumulou contração de 1,1%. As estimativas variam entre baixa de 0,3% e subida de 0,8%. O IBGE divulga os resultados na quarta-feira, às 9h.

Os dados ajudam a calibrar as expectativas para a Selic. Enfim, caso a economia dê sinais de estar possante, as pressões inflacionárias continuam altas e, portanto, há pouco espaço para o Banco Médio trinchar os juros.

Nos Estados Unidos, quem deve trazer essa pista é o Livro Bege, que será divulgado às 15h de Brasília. Ontem (14), o exposição de Jerome Powell, presidente do Federalista Reserve (Fed, o banco mediano norte-americano) não alterou as expectativas do mercado por mais cortes de lucro neste ano. Ele indicou que o banco mediano americano pode estar próximo de fechar o processo de redução do balanço patrimonial, medida vista porquê um passo na direção de uma política monetária menos restritiva. Portanto, o Livro Bege deve ajudar a calibrar essas expectativas.

Apesar das divulgações importantes, o dia conta com outras coisas que devem invocar a atenção. A inaugurar pela relação entre EUA e China, que continua azeda, apesar das idas e vindas nas declarações.

O capítulo mais recente foi que o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou romper alguns laços com a China, inclusive em relação ao óleo de cozinha, em retaliação à recusa de Pequim em comprar soja americana.

Além das declarações de porta-vozes dos dois países, os investidores também monitoram a participação de diretores do Banco Médio em Washington. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, participa da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), às 13h30. Mais tarde, às 20h, Galípolo estará na reunião de ministros das finanças e de presidentes de BCs do G20.

Ainda em Washington, o diretor de política monetária, Nilton David, faz palestra, às 12h, em evento promovido pelo Goldman Sachs. Já o diretor de assuntos internacionais e gestão de riscos corporativos, Paulo Picchetti, também está na capital dos Estados Unidos e participa de pintura em seminário do JPMorgan, às 15h45. Os dois eventos serão transmitidos.

Por termo, o mercado também segue de olho na temporada de balanços norte-americana. Hoje, é dia do BofA e do Morgan Stanley divulgarem seus números.

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