Mercado monitora negociações de Trump e China enquanto aguarda balanços de 'big techs'

O destaque da semana deve permanecer por conta da apresentação dos números do “payroll” nos Estados Unidos, que trarão dados de tarefa no mês de abril. O indicador será divulgado na sexta-feira (2) e é importante para mostrar o quão aquecida está a economia americana (e o quanto isso pode se transmudar em mais inflação), principalmente em meio às medidas de Donald Trump, que incluem a deportação de imigrantes.

É válido lembrar que essas medidas tendem a ser mais inflacionárias, o que justifica a preocupação latente do Fed com a subida de preços.

Mas os dados da semana não param por aí. Ainda nos Estados Unidos, na quarta-feira (30), há a apresentação da primeira leitura do Resultado Interno Bruto (PIB) anualizado do 1º trimestre deste ano, que também trará sinais de uma vez que o novo governo vem impactando a economia do país.

No Brasil, hoje há dados das contas externas, com os números de transações correntes, além do Boletim Focus, que traz as projeções dos economistas para os principais indicadores econômicos do país. Ambos serão divulgados por volta das 8h30.

Os próximos dias também contam com balanços importantes das empresas, uma vez que os números da Gerdau, que saem hoje em seguida o fechamento e os dados do Santander, previstos para quarta-feira (30) antes da franqueza.

Lá fora, no calendário de balanços, o destaque fica para Microsoft (dia 30), Meta (dia 30), Apple (dia 1º), Amazon (dia 1º). É importante lembrar que as companhias fazem secção do grupo das “Sete Magníficas”, que reúne as principais empresas de tecnologia lá fora. Portanto, eles são capazes de impactar o pregão nos EUA e salpicar mundo afora.

Donald Trump é sempre um alerta

Além de tudo que está previsto para essa semana, o mercado também fica de olho nas ações de Donald Trump. Na semana passada, o último capítulo desse “novelão” tinha trazido um Trump mais disposto a negociações. Mas os sinais são contraditórios em relação às conversas com a China.

Alguns membros do governo deram sinais conflitantes sobre a existência de negociações. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou ontem (27) que interagiu com a domínio correspondente do governo chinês na última semana durante encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, mas que eles não discutiram as tarifas.

Já o secretário de Cultivação, Brooke Rollins, disse que os Estados Unidos estavam tendo conversas diárias com a China a reverência do tema.

Agora, resta ao investidor esperar sinais mais claros da existência dessas conversas e que rumo elas estão tomando.