Mercado repercute tarifas de Trump enquanto espera ata do Copom e balanços

Uncategorized Paulo Franco fevereiro 4, 2025 0 Comentários

Mercado repercute tarifas de Trump enquanto espera ata do Copom e balanços

A semana será marcada por divulgações importantes ao longo dos próximos dias, porquê ata da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Medial e o Projecto Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro Vernáculo, além de balanços importantes na agenda corporativa, porquê o do Santander, Bradesco e Itaú. Mas isso não quer expor que os Estados Unidos saem do radar. Principalmente em seguida a “chuva de taxações” anunciada por Donald Trump. Agora, o mercado monitora não só os próximos passos do presidente norte-americano porquê também as respostas de outros países em relação a suas ações.

No sábado (1º) Trump decretou tarifas de 25% a produtos importantes do Canadá e México e reforçou os 10% já anunciados previamente sobre os produtos chineses. A decisão sobre os asiáticos surpreendeu segmento do mercado, tendo em vista que ao longo da campanha o projecto era taxas os asiáticos em 60%. O republicano ainda voltou a adotar um tom mais “minaz” e deu a entender que as tarifas podem subir se for necessário.

A medida, evidente, não saiu barata. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou tarifas de 25% aos produtos americanos em retaliação. O México, por sua vez, disse que vai implementar “medidas tarifárias e não tarifárias” para responder ao norte-americano, segundo a presidente do país, Claudia Sheinbaum.

O ponto segue no radar principalmente porque outros países podem estar na mira. Trump disse, inclusive, que medidas tarifárias contra a União Europeia serão “tomadas em breve”, apesar de não ter citado alguma data específica.

Mas nem só de Estados Unidos o mercado viverá nesta semana. A agenda dos próximos dias, inclusive, é muito enxurro no Brasil. Hoje (3), os investidores ficam de olho nas previsões do Boletim Focus, que estão cada vez mais pessimistas. Ou por outra, a Petrobras divulga hoje à noite o relatório de produção e vendas do quarto trimestre, o que deve repercutir no pregão de amanhã.

A agenda corporativa, inclusive, está agitada nessa semana, com balanços de Santander e Itaú na quarta-feira (5) e do Bradesco na sexta-feira (7).

E ao longo dos próximos dias há, ainda, outros dados e divulgações importantes para serem monitorados. Amanhã (4) já há a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, que elevou a Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano e sinalizou que mais uma subida da mesma magnitude deve suceder. No documento, investidores esperam pistas mais concretas dos próximos passos do BC e o que a mando monetária vai seguir.

No mesmo dia, o Tesouro Vernáculo divulga o Projecto Anual de Financiamento (PAF) 2025 que trará indícios sobre a saúde das contas públicas e a gestão da dívida governamental, principalmente em seguida a possante emissão de títulos atrelados à Selic.