Mercado segue otimista com o real e vê chance de dólar terminar ano em níveis ainda mais baixos
Com o tom duro adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Meão ao levantar a Selic para 15%, a expectativa majoritária nos mercados era de que o real poderia se respeitar ainda mais, o que aconteceu no início da sessão de sexta-feira, mas não se manteve e o dólar terminou em subida. Na visão do trader da tesouraria de um grande banco, porém, isso se deve mais a uma questão técnica de procura por “hedge” (proteção) antes do término de semana devido às tensões no Oriente Médio e não deve mudar a expectativa de que o câmbio doméstico se mantenha mais valorizado.
Ao longo da semana, algumas instituições financeiras continuaram a sustentar uma visão mais positiva com o real, ao menos no limitado prazo. Com argumentos que incluem a “postura disciplinada” do Banco Meão; a perspectiva de um cenário fiscal “que avança aos trancos e barrancos”; um nível ressaltado de diferencial de juros (carry) mesmo quando ajustado pela volatilidade; e “valuations” ainda baratos, o Société Générale se destaca por ser um dos players mais otimistas e por ver espaço para que a taxa de câmbio doméstica se valorize ainda mais.
O banco francesismo, inclusive, adota um dos cenários mais otimistas do mercado com a moeda brasileira ao projetar, em seu cenário-base, o dólar a R$ 5,20 no término deste ano, com chance de desabar para R$ 5,00 no primeiro trimestre de 2026.
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