'Minerais críticos estão no topo da agenda', diz profissional

Em conversa com o Valor, o vice-presidente sênior de geopolítica e relações internacionais da S&P Global Commodites Insights, Carlos Pascual, diz que o Brasil pode ter papel relevante não exclusivamente porquê fornecedor desses insumos, mas no processamento da matéria-prima. “Para o Brasil, existe a capacidade potencial de ser um suprimento de minerais críticos, mas também de ter um papel no processamento horizonte desses minerais, o que será importante para reduzir o controle que a China tem sobre o mercado”, afirma.

Nascido em Cuba e criado desde pequeno nos Estados Unidos, Pascual diz que a escalada tarifária terá efeitos sobre a economia global e, consequentemente, na demanda por petróleo. O executivo estima que os preços da commodity devem fechar o ano entre US$ 55 e US$ 60 por barril, fruto também do prolongamento rápido da oferta.

Diplomata, Pascual atuou porquê mensageiro dos EUA na Ucrânia entre 2000 e 2003. Com base nessa experiência, diz que a solução para o conflito com a Rússia, que dura mais de três anos, depende de proposta que traga “qualquer intensidade de realismo” para o cessar-fogo, permitindo que seja aceita pelos ucranianos. Pascual também afirma que o Brasil terá um grande duelo ao organizar a COP 30, em novembro, em Belém, em momento marcado por diversas questões geopolíticas e econômicas.

Leia no Valor Econômico a entrevista completa