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Padrão de remuneração dos assessores de investimento será escolha dos clientes, afirmam especialistas

Padrão de remuneração dos assessores de investimento será escolha dos clientes, afirmam especialistas

Padrão de remuneração dos assessores de investimento será escolha dos clientes, afirmam especialistas

Padrão de remuneração dos assessores de investimento será escolha dos clientes, afirmam especialistas

As mudanças trazidas pela solução 179 da Percentagem de Valores Mobiliários (CVM) — que determinou que os bancos, corretoras e assessores enviassem aos clientes um documento mostrando a sua remuneração — trouxe luz à discussão sobre qual é o melhor padrão de cobrança: com uma taxa fixa, que é uma porcentagem da carteira do cliente (o chamado “fee based”, no jargão do mercado) ou por “comissões” pagas pelos donos daqueles produtos, com base na venda desses ativos (sabido por “comission based”). Mas, segundo especialistas, no termo do dia “a escolha será do cliente”.

Bruno Ballista, principal executivo de assessoria e relacionamento com clientes da XP, afirma que a solução deu “tração” ao padrão “fee based”, que passou a ser mais sabido pelos investidores, mas não necessariamente todos os clientes vão preferi-lo.

“Somos agnósticos sobre qual será o padrão praticado, existem clientes que vão preferir um ou outro”, diz. “O que vai fazer diferença é a proposta de valor e o nível de serviço que o profissional vai entregar ao cliente”, diz.

No “fee based”, conforme o portfólio do cliente vai se valorizando, o assessor vai recebendo um pagamento maior, já que trata-se de uma porcentagem daquela carteira. Nesse caso, o cliente paga (e o assessor recebe) independentemente de alguma mudança ter sido feita naquela carteira.

Já no “comission based”, o principal da remuneração vem das “comissões” que são pagas pelos donos daqueles produtos (ou seja, o banco que emitiu aquele CDB, a gestora que montou aquele fundo etc) às corretoras e assessores por eles terem vendido aquele investimento.

Guilherme Assis, presidente do Gorila, afirma que o padrão “fee based” deve crescer, mas ele acredita que os modelos vão “coexistir”.

“Lá fora eles coexistem e no final do dia quem vai escolher é o investidor. Tem gente que vai preferir um, outros vão preferir o outro. O ‘fee based’ ainda é grave e a gente vai ver um aumento dele. No termo, vamos ter operações híbridas”, diz. Ele afirma, ainda, que quanto mais informações sobre os modelos e quanto mais chegada à ensino o cliente tiver, melhor ele fará a escolha.

Perceptibilidade sintético nos investimentos

No evento, os especialistas também falaram sobre a adoção de tecnologia na indústria de investimentos. Para eles, a perceptibilidade sintético não irá substituir os profissionais.

A teoria, segundo Ballista, é que a tecnologia ajude a alavancar o papel do profissional, ajudando, inclusive no proveito de graduação, por meio de plataformas que facilitem esse serviço.

Momento nebuloso é oportunidade para a indústria

Por termo, os especialistas também falaram sobre o cenário de incertezas econômicas que, na visão deles, pode ser uma oportunidade para os assessores de investimentos independentes. Isso porque, nesses períodos, os investidores precisam de mais escora e instrução vindos de profissionais qualificados. Ballista afirma, ainda, que existe espaço para a indústria de assessoria de investimentos independente (ou seja, fora dos “bancões”) “triplicar ou quadruplicar de tamanho”.

“Nos mercados mais maduros, a riqueza vernáculo é investida em empresas independentes, no Brasil está concentrada em bancos. Portanto, é razoável crer que no Brasil vamos viver um tanto semelhante. Um segundo ponto é que essa indústria no Brasil vem se desenvolvendo de forma exponencial, foram mais de 1 milénio empresas de assessoria criadas desde 2018. Acredito na proposta de valor e alinhamento de interesse que o independente oferece. Essa natureza fará com que o independente continue crescendo”, afirmou.

gettyimages-170104934-2- Padrão de remuneração dos assessores de investimento será escolha dos clientes, afirmam especialistas
— Foto: Getty Images

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