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'Não tem instrumento A ou B a ser demonizado' diz presidente da Anbima sobre COE

'Não tem instrumento A ou B a ser demonizado' diz presidente da Anbima sobre COE

A luz de perdas de investidores com Certificados de Operações Estruturadas (COE) de emissões de títulos de dívida de Ambipar e Braskem, o presidente da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), Carlos José da Costa André, disse que não é verosímil “criticar e nem demonizar instrumentos A ou B” do mercado de capitais uma vez que o COE. Para o executivo, é passível de aprimoramento a relação dos profissionais de investimento com os investidores na hora de ofertar produtos.

“O mais importante é que os profissionais de mercado tenham a capacidade de explicar ao investidor o certificado de operações estruturadas, tanto COE uma vez que qualquer instrumentos”, disse Carlos André em entrevista ao Valor Investe durante evento da Anbima nesta quarta-feira (8).

Nesse sentido, o presidente da associação reconhece que COEs podem ser usados para exposição do investidor a ativos em dólar uma vez que uma forma de diversificação de investimento no exterior. “Ele [certificado de operações] tem uma flexibilidade interessante”.

O COE tornou-se novamente cândido de polêmica entre investidores em seguida reclamações de liquidação prévia nas operações por estruturadores. Funciona da seguinte maneira: existem COEs de renda variável e fixa. No caso da Ambipar e da Braskem, a operação estruturada foi sobre o títulos de dívida da empresa, no mercado de crédito privado, e prometia a investidores retornos supra ou de taxas prefixadas ou do CDI e do IPCA, características da renda fixa.

Nos COEs de crédito privado, a rentabilidade está ligada ao risco de crédito de uma empresa ou país específico. Se o emissor do título remunerar tudo que deve, o retorno do COE é superior às taxas de mercado para investimentos semelhantes. Mas se o emissor enfrentar problemas financeiros, der um calote, ou mesmo atrasar o pagamento intermediário de uma parcela da dívida, o investidor pode perder secção ou até mesmo todo (isso mesmo, 100%) o valor investido.

Para o presidente da Anbima, os COE possuem regras que devem ser transparecida a investidores pelo profissional que o atende. “Se o instrumento prevê determinadas regras, eu tenho certeza de que não aconteceu zero dissemelhante do que estava previsto nos próprios documentos desses certificados, uma vez que em qualquer outro instrumento”, disse Carlos André.

Segundo dados da B3, os COE ligados às operações de crédito vem crescendo no totalidade de operações estruturadas. Tapume de 72% dos COE são de operações de índices uma vez que o Ibovespa ou Small Caps no Brasil, ou até no exterior, a exemplo do S&P 500. Mas COE de crédito privado, que expuseram investidores ao risco de endividamento uma vez que nos casos de Ambipar e Braskem, assumiram 12% do estoque totalidade.

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