Negociações de Trump com UE marcam início de uma semana enxurrada de indicadores
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Em uma semana marcada por divulgações importantes (porquê o PIB do primeiro trimestre e a “prévia da inflação”), a segunda-feira (26) começa com com o mercado de olho na decisão de Donald Trump de pospor a tarifa de 50% aos produtos vindos da União Europeia até o dia 9 de julho. O novo recuo é mais um sinal de que o republicano está disposto a negociar, mas todo esse vaivém pode gerar ainda mais incertezas. Por falar em cenário nebuloso, hoje os investidores monitoram as expectativas do Boletim Focus, que podem trazer uma pista sobre o porvir da Selic.
O presidente norte-americano concordou em pospor a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as importações vindas da União Europeia até o dia 9 de julho. A teoria é dar mais tempo para as negociações comerciais com os países do conjunto.
A decisão veio em seguida uma conversa com a presidente da Percentagem Europeia, Ursula von der Leyen e a decisão foi publicada ontem (25) na plataforma Truth Social, espécie de rede social do próprio Trump. Segundo agências internacionais, Von der Leyen afirmou ter tido “uma boa conversa com Trump” na qual havia informado ao presidente que a UE precisava de mais tempo para chegar a um contrato mercantil. Ela afirmou que, caso o prazo de 9 de julho voltasse a vigorar, as negociações avançariam “de forma rápida e decisiva”.
Com a decisão, as bolsas da Europa se animaram. Por volta das 7h, o índice Stoxx 600 subia 1,04% a 550,80 pontos, o Dax de Frankfurt avançava 1,66% a 24.022,51 e o CAC 40 de Paris tinha subida de 1,22% a 7.829,44 pontos. O setor de automóveis, sensível às tarifas, avança 1,1%, segundo o índice Stoxx 600, revertendo as perdas de 3% de sexta-feira (23).
O bom humor pode se refletir no mercado porquê um todo ao mostrar um Trump mais disposto a negociar. Por outro lado, todo esse vaivém não só nas negociações, mas também nas decisões anunciadas pelos EUA pode aumentar a sensação de incerteza.
Enquanto isso, no Brasil…
Por cá, o mercado aguarda as expectativas trazidas pelo Boletim Focus. O documento é semanalmente divulgado pelo Banco Mediano e traz as projeções dos economistas para alguns dos principais indicadores do país. Nas últimas semanas, as previsões ficaram “menos pessimistas” em relação à inflação. Outrossim, os economistas também passaram a prever que a Selic continuará em 14,75% ao ano até o término de 2025, o que sugere que o ciclo de aperto monetário pode ter chegado ao término.
As estimativas podem ajudar os investidores a tentar se antecipar ao que vem por aí. Mas o Boletim Focus será só um dos instrumentos usados para “prever o porvir” nesta semana. Isso porque os próximos dias terão divulgações importantes por cá. A estrear pelo IPCA-15, indicador publicado porquê “prévia da inflação”, que será divulgado amanhã (27) às 9h. Caso a subida dos preços dê sinais de esfriamento, isso ajuda a corroborar a tese de que o ciclo de subida da Selic terminou.
Nos próximos dias também há dados de ocupação, com o Caged na quarta-feira (28) e a Pnad Contínua na quinta-feira (29). Para quem não se lembra, o aquecimento do mercado de trabalho tem sido uma das principais preocupações do BC e, por isso, os indicadores devem atrair bastante atenção.
Por término, a semana ainda tem o Resultado Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que será divulgado na sexta-feira (30).
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