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No maior nível em quase dois meses, o próximo recorde do Ibovespa vem aí?

No maior nível em quase dois meses, o próximo recorde do Ibovespa vem aí?

No maior nível em quase dois meses, o próximo recorde do Ibovespa vem aí?

No maior nível em quase dois meses, o próximo recorde do Ibovespa vem aí?

O mercado ainda funcionou nesta segunda (25) à base de um resquício do gosto despertado na última sexta-feira.

Embora irrisório, o progresso foi suficiente para prometer ao principal índice de ações do Brasil o retorno aos 138 milénio pontos, o maior patamar que a carteira alcança desde o dia 8 de julho.

  • O Ibovespa teve subida de 0,04% e fechou a sessão em 138.025 pontos. No mês de agosto, acumula valorização de 3,72% e, do primícias do ano até cá, já avançou 14,75%.

Mas ainda é preciso sustar a empolgação. Até porque poucos investidores têm ousado se aventurar pelos mares da renda variável.

Hoje, em privativo, sem gatilhos da agenda econômica cá ou lá fora, a maioria decidiu esperar pelas novidades da inflação, com a leitura do IPCA-15 que será divulgada amanhã.

  • O giro financeiro do Ibovespa ficou em R$ 10,7 bilhões, 35% inferior da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,4 bilhões.

“Dada a incerteza política tanto nos EUA quanto no Brasil — e o trajo de que para estrangeiros é quase impossível precificar riscos políticos com tanta antecedência — acreditamos que, até que haja maior transparência nesses pontos, eles [investidores estrangeiros] podem permanecer em modo de espera. Nossa expectativa, no entanto, é de que o início do ciclo de retardamento monetário (ainda neste ano ou no primícias do próximo) possa atrair novos fluxos externos para o Brasil”, traz o relatório de hoje do BTG.

Perspectivas de um cenário econômico mais favorável à queda antecipada da Selic, aliás, movimentaram o cenário cambial.

Embora a queda da taxa, teoricamente, reduza o apelo da renda fixa lugar, é preciso ter dois outros pontos no foco: o antecipação desse cenário não muda o trajo que o Brasil segue com uma das maiores juros reais do mundo; por engatilhar o gosto ao risco, os alívios monetários favorecem outros ativos, principalmente a alocação em renda variável por cá.

  • Assim, apesar de se fortalecer no exterior, por cá o dólar mercantil recuou 0,19% contra o real, a R$ 5,42. Em agosto, tem queda de 3,3% e, do início do ano até cá, a moeda norte-americana ficou 12,37% mais barata para o brasiliano.

A valorização do petróleo (+1,5%) certamente ajudou, em meio à falta de notícias sobre as negociações do cessar-fogo na Ucrânia, e do minério de ferro, que avançou 2,2% na bolsa de Dalian, na China, repercutindo o gosto ao risco engatilhado pelo exposição de Powell na sexta-feira, período em que os mercados chineses estavam fechados.

As commodities deram qualquer fôlego a gigantes da carteira do Ibovespa, o que ajudou a lastrar o jogo nesta sessão.

  • Das 84 ações que compõem o Ibovespa atualmente, 49 valorizaram nesta sessão.

Ainda que o Ibovespa comece a se aproximar da sua máxima histórica, de 141.264 pontos, cravada em 4 de julho, faltam gatilhos para prometer a renovação do recorde.

Ou, ao menos, faltaram gatilhos hoje. Mas eles podem não estar tão distantes assim.

  • O primeiro gatilho é o próprio IPCA-15, considerado uma prévia da inflação solene (o IPCA), que será publicado amanhã.

A expectativa é de uma desaceleração possante: de 0,33% no último mês para uma queda mensal de 0,21% em agosto, de combinação com o BTG. Isso traria a inflação em 12 meses para 4,88%, de 5,3% antes, e muito mais perto do teto da meta (4,5%) do Banco Medial. Outras casas também começam a mostrar leituras deflacionárias para o IPCA-15 de agosto.

Os sinais de que o cenário do mercado para a inflação é mais benigno está também aparecendo há 13 semanas no Boletim Focus. Economistas consultados pelo Banco Medial reduziram muito suas projeções para o IPCA: de de 4,95% para 4,86% em 2025; e de 4,41% para 4,33% em 2026.

  • A taxa de Repositório Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 saiu de 13,96% para 13,92% ao ano. Prêmios em contratos de pequeno prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
  • No médio prazo, os retornos da taxa para janeiro de 2029 foram de 13,27% para 13,20% ao ano.
  • Já para janeiro de 2036, a taxa subiu de 13,82% para 13,77% ao ano. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.

Mas com a postura mais rígida sustentada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), investidores estão segurando a empolgação e muitos ainda não trocaram o horizonte de queda da Selic no início do ano que vem.

Isso porque os últimos comunicados foram bastante claros ao substanciar que o BC persegue a meta de inflação (3%) e deverá manter uma política austera até que os indicadores deem sinais de estarem inclinando para esse ponto. Não significa que a Selic seguirá em 15% ao ano por todo esse período, mas talvez ter a taxa de volta a um dígito ainda seja um sonho distante para o Brasil.

No ano que vem, temos eleições e podemos ver o governo tomando atitudes populistas com o intuito de conseguir votos, o que pode prejudicar o quadro fiscal. Mas ainda assim não acredito que podemos ter o BC subindo mais os juros, e sim, no supremo, mantendo a taxa subida caso de trajo essas medidas populistas sejam anunciadas”, diz Alison Correia, exegeta e co-fundador da Dom Investimentos.

Agora, outras ajudinhas para o Ibovespa podem vir de fora – dos Estados Unidos, em privativo.

  • Embora o exposição de Jerome Powell, presidente do banco mediano americano, tenha confirmado as expectativas de retomada dos cortes nos juros em setembro, a maioria está dando uma vez que garantida uma queda de 0,25 ponto percentual nas taxas.

Portanto, sinais adicionais de fraqueza da economia e do mercado de trabalho dos EUA nas próximas semanas podem cevar apostas em cortes mais amplos.

  • Por termo, outro eventual gatilho para o Ibovespa no radar do mercado financeiro é a retomada do movimento de rotação do capital para fora das bolsas dos EUA.

Investidores já tiraram o pé do acelerador nas ações das grandes empresas de tecnologias, com cenários mais comedidos para seu propagação (mesmo aquelas ligadas às teses de Lucidez Sintético) e as ofensivas do governo dos EUA sobre o capital dessas companhias.

Hoje mesmo, a equipe de Donald Trump fez proposta para arrematar 10% das ações da Intel. Já as produtoras de chips Nvidia e AMD terão de destinar 15% das suas receitas com as vendas na China para o governo dos EUA.

Assim, o governo Trump parece cada vez menos amigável a Wall Street e as empresas que há não muito tempo financiaram sua campanha presidencial.

Esse cenário pode fazer a roda voltar a rodopiar e investidores devem buscar outros mercados para alocar seu capital. Além das alternativas óbvias aos EUA, uma vez que países da União Europeia, Reino Uno, Japão, Austrália e mesmo o Canadá, os emergentes pipocam uma vez que opções atraentes àqueles com mais gosto ao risco.

O Brasil se destaca nesse grupo por ser o mais próximo de um ciclo de retardamento monetário, que deve destravar o gosto por bolsa cá.

Mas só dos estrangeiros por enquanto.

“Em paralelo, investidores locais reportam resgates menores, mas que ainda somam R$ 54 bilhões no aglomerado do ano e um déficit de R$ 4,8 bilhões em julho. A veras do nosso mercado acionário é que investidores locais seguem confortáveis em obter pelo menos 1% ao mês em renda fixa, sem urgência em rotacionar para ações por enquanto”, traz o relatório do BTG.

Comportamento das ações do Ibovespa em 25/8/2025

Código Nome Sinceridade Mínima Média Máxima Fechamento Var. %
PCAR3 P.ACUCAR – CBD ON 3,40 3,27 3,45 3,70 3,52 8,98
ENEV3 ENEVA ON 14,51 14,49 14,94 15,11 14,97 4,61
MGLU3 MAGAZINE LUIZA ON 6,96 6,93 7,13 7,24 7,12 3,19
RECV3 PETRORECSA ON 12,81 12,81 13,05 13,15 13,10 2,58
HAPV3 HAPVIDA ON 38,49 38,47 39,02 39,31 39,10 2,06
DIRR3 DIRECIONAL ON 14,55 14,43 14,72 14,87 14,72 2,01
GGBR4 GERDAU PN 16,45 16,44 16,71 16,92 16,68 1,96
SMFT3 SMART FIT ON 23,31 23,18 23,64 23,84 23,72 1,85
AURE3 AUREN ON 10,54 10,46 10,75 10,85 10,72 1,80
BRKM5 BRASKEM PNA 8,46 8,45 8,61 8,71 8,70 1,75
GOAU4 GERDAU MET PN 9,24 9,21 9,35 9,46 9,35 1,52
ELET3 ELETROBRAS ON 42,78 42,68 43,31 43,55 43,32 1,50
CYRE3 CYRELA REALT ON 26,12 26,01 26,69 27,04 26,52 1,49
CMIN3 CSN MINERACAO ON 5,00 4,98 5,04 5,10 5,03 1,41
COGN3 COGNA ON 2,93 2,93 2,97 3,01 2,97 1,37
VIVT3 TELEF BRASIL ON 34,37 34,33 34,84 35,10 34,83 1,25
BRAV3 BRAVA ON 19,37 19,37 19,83 20,32 19,54 1,24
MRVE3 MRV ON 7,59 7,47 7,57 7,64 7,59 1,20
BBSE3 BB SEGURIDADE ON 31,80 31,78 32,04 32,17 32,17 1,16
YDUQ3 YDUQS PART ON 12,91 12,81 13,09 13,26 13,05 1,16
CSNA3 SID NACIONAL ON 7,22 7,19 7,27 7,36 7,24 1,12
AZZA3 AZZAS 2154 ON 32,96 32,96 33,45 33,91 33,45 1,06
TIMS3 TIM ON 22,77 22,55 22,93 23,08 22,88 1,06
PSSA3 PORTO SEGURO ON 51,00 50,80 51,38 51,82 51,55 1,02
SMTO3 SAO MARTINHO ON 16,97 16,92 17,11 17,33 17,00 1,01
RAIZ4 RAIZEN PN 1,05 1,03 1,05 1,06 1,05 0,96
USIM5 USIMINAS PNA 4,20 4,14 4,19 4,25 4,19 0,72
SANB11 SANTANDER BR UNIT 27,14 27,14 27,38 27,51 27,31 0,70
ELET6 ELETROBRAS PNB 46,00 45,92 46,42 46,66 46,35 0,65
WEGE3 WEG ON 37,64 37,46 37,79 37,99 37,73 0,61
PETR4 PETROBRAS PN 30,47 30,42 30,64 30,78 30,65 0,59
CVCB3 CVC BRASIL ON 2,04 2,04 2,06 2,08 2,05 0,49
IRBR3 IRBBRASIL RE ON 46,92 46,58 47,02 47,35 47,26 0,47
MRFG3 MARFRIG ON 22,63 22,55 22,78 22,97 22,80 0,44
TAEE11 TAESA UNIT 33,77 33,77 33,96 34,09 33,90 0,41
SBSP3 SABESP ON 119,99 119,38 119,76 120,78 119,38 0,38
BBDC3 BRADESCO ON 13,99 13,88 13,97 14,03 14,01 0,36
SLCE3 SLC AGRICOLA ON 17,21 17,00 17,20 17,32 17,25 0,35
PRIO3 PETRORIO ON 38,15 38,08 38,22 38,48 38,18 0,34
CXSE3 CAIXA SEGURI ON 13,78 13,73 13,77 13,87 13,76 0,29
VAMO3 VAMOS ON 3,88 3,85 3,89 3,94 3,87 0,26
BBDC4 BRADESCO PN 16,34 16,23 16,32 16,39 16,35 0,25
CPLE6 COPEL PNB 12,14 12,10 12,16 12,29 12,15 0,25
VALE3 VALE ON 55,17 54,74 55,07 55,40 54,92 0,24
ISAE4 ISA ENERGIA PN 22,40 22,29 22,42 22,58 22,45 0,22
POMO4 MARCOPOLO PN 9,23 9,13 9,28 9,38 9,25 0,22
STBP3 SANTOS BR PART ON 14,19 14,17 14,19 14,20 14,20 0,14
PETR3 PETROBRAS ON 33,08 32,98 33,12 33,34 33,06 0,12
TOTS3 TOTVS ON 42,44 42,32 42,73 43,00 42,32 0,05
RENT3 LOCALIZA ON 34,70 34,53 34,79 35,18 34,62 0,00
BEEF3 MINERVA ON 5,73 5,68 5,76 5,91 5,75 0,00
BRFS3 BRF SA ON 19,90 19,67 19,80 19,94 19,88 -0,05
B3SA3 B3 ON 12,60 12,51 12,57 12,78 12,55 -0,08
CMIG4 CEMIG PN 10,85 10,78 10,86 10,98 10,87 -0,09
BPAC11 BTGP BANCO UNT 43,48 42,99 43,28 43,73 43,25 -0,12
FLRY3 FLEURY ON 14,12 14,12 14,22 14,30 14,19 -0,14
VBBR3 VIBRA ON 21,74 21,54 21,74 21,98 21,57 -0,14
KLBN11 KLABIN S/A UNT 18,38 18,22 18,32 18,44 18,35 -0,16
CSAN3 COSAN ON 5,47 5,40 5,50 5,59 5,45 -0,18
ALOS3 ALLOS ON 23,04 22,95 23,21 23,35 22,99 -0,22
MULT3 MULTIPLAN ON 27,00 26,50 26,73 27,10 26,77 -0,22
EQTL3 EQUATORIAL ON 35,96 35,59 35,76 36,34 35,65 -0,28
ENGI11 ENERGISA UNT 47,79 47,22 47,53 48,01 47,31 -0,34
ITSA4 ITAUSA PN 10,99 10,93 10,96 11,05 10,93 -0,36
LREN3 LOJAS RENNER ON 16,01 15,75 15,84 16,03 15,85 -0,38
BRAP4 BRADESPAR PN 16,31 16,00 16,10 16,37 16,06 -0,43
UGPA3 ULTRAPAR ON 18,06 17,84 17,97 18,18 17,91 -0,44
EGIE3 ENGIE BRASIL ON 39,26 38,97 39,18 39,68 39,15 -0,48
ITUB4 ITAU UNIBANCO PN 37,48 37,11 37,25 37,58 37,20 -0,51
RDOR3 REDE D OR ON 38,11 37,36 37,60 38,16 37,55 -0,58
SUZB3 SUZANO S.A. ON 53,82 53,29 53,46 53,98 53,41 -0,65
ASAI3 ASSAI ON 10,16 10,02 10,12 10,23 10,03 -0,69
ABEV3 AMBEV S/A ON 12,25 12,12 12,15 12,26 12,12 -0,74
HYPE3 HYPERA ON 23,88 23,35 23,58 24,17 23,57 -0,76
MOTV3 MOTIVA SA ON NM 13,91 13,78 13,90 14,07 13,78 -0,86
CPFE3 CPFL ENERGIA ON 39,96 39,19 39,41 40,07 39,28 -1,01
VIVA3 VIVARA ON 28,10 27,78 28,06 28,47 27,78 -1,10
IGTI11 IGUATEMI S.A UNT 22,63 22,16 22,34 22,69 22,23 -1,20
PETZ3 PETZ ON 4,01 3,89 3,95 4,06 3,92 -1,51
BBAS3 BRASIL ON 20,49 20,05 20,23 20,57 20,05 -2,20
EMBR3 EMBRAER ON 78,14 75,73 76,49 78,14 75,73 -2,41
NATU3 NATURA ON 9,15 8,83 8,96 9,30 8,89 -2,74
RADL3 RAIA DROGASIL ON 18,76 18,11 18,23 18,86 18,11 -3,00
RAIL3 RUMO S.A. ON 15,14 14,54 14,68 15,14 14,61 -3,05

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escalada — Foto: Getty Images

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