Números da Hypera (HYPE3) não surpreendem (para pior) e ações disparam 12%
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As ações da farmacêutica Hypera (HYPE3) operaram em potente subida no pregão de hoje na B3, repercutindo os resultados do primeiro trimestre. Os números fracos já eram esperados pelo mercado e não houve surpresas negativas.
Os papéis encerraram o dia com valorização de 12%, cotados a R$ 23,60.
A Hypera Pharma registrou prejuízo de R$ 140 milhões, no primeiro trimestre deste ano, diante de um lucro de R$ 392,2 milhões registrado no mesmo período de 2024.
O resultado antes de juros, impostos, menoscabo e amortização (Ebitda) ficou negativo em R$ 148,5 milhões, revertendo o resultado positivo de R$ 647,8 milhões no primeiro trimestre de 2024.
A receita da companhia entre janeiro e março somou R$ 1 bilhão, queda de 40,8% em relação ao mesmo pausa do ano pretérito.
Os resultados da Hypera foram fracos no primeiro trimestre, mas dentro do esperado, sentindo os efeitos da ampla renovação de capital de giro sendo realizada pela companhia, avalia o Citi.
Os analistas destacam que o Ebitda ajustado negativo em R$ 129 milhões ficou muro de 11% melhor do que o esperado, enquanto as receitas de R$ 1,08 bilhão superaram em 3% as estimativas.
“As atenções dos investidores devem se voltar para a recuperação dos indicadores de venda a partir do segundo trimestre, o que deve impulsionar margens e retomar geração de caixa”, comenta o banco.
O desempenho apresentado pela Hypera no primeiro trimestre também já era esperado pelo Goldman Sachs, diante do processo de otimização de capital de giro.
O banco aponta para a potente desalavancagem operacional e o mix mais fraco, que impactaram a margem Ebitda, enquanto a receita líquida caiu 41% em relação ao ano anterior diante de um sell-out mais fraco da empresa
Por outro lado, o segmento de medicamentos protegidos por patentes continua em potente prolongamento.
Outro ponto positivo para o Goldman Sachs é que as vendas recentes ocorridas em abril foram acordadas com prazo de recebimento de 60 dias, demonstrando que a Hypera está de indumento avançando em sua estratégia mencionada de foco na geração de fluxo de caixa.
A Hypera divulgou resultados ainda impactados pelo processo de otimização de sua estratégia de capital de giro, avalia o Itaú BBA.
Os analistas observam uma queda de 41% na receita líquida em relação ao mesmo período do ano anterior, à medida que a empresa focou na aceleração da redução dos níveis de estoque junto aos seus clientes.
“Naturalmente, isso levou a uma considerável desalavancagem operacional, resultando em pressão sobre o Ebitda. No entanto, a empresa conseguiu uma redução significativa em contas a receber, atingindo já em abril a meta de 60 dias de prazo médio”, escrevem em relatório.
Na visão do Itaú BBA, a principal sátira do mercado deve recair sobre o prolongamento de 6% nas vendas no varejo, que ainda está aquém do prolongamento esperado para o ano completo de 2025. Essa é uma métrica importante, pois indica qual seria o prolongamento normalizado da empresa a partir do segundo semestre de 2025.
As instituições têm recomendação neutra para as ações. O Itaú BBA tem preço-alvo a R$ 21 e Goldman Sachs e Citi de R$ 22.
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