Nvidia ultrapassa a Apple e volta a ser a empresa mais valiosa do mundo

Colabora para o movimento negativo da Apple no pregão o fato de que mais um banco americano rebaixou os seus papéis – já é a terceira institituição financeira a fazer isso. O Jefferies rebaixou a recomendação das ações para “desempenho abaixo da média”, aponta matéria da CNBC. Também reduziu seu preço-alvo para US$ 200,75, ante US$ 211,84, o que reflete agora um potencial de queda de 12,7% para os papéis.

Como argumento para a mudança, o analista do Jefferies afirma que a Apple provavelmente não atingirá a previsão de crescimento de receita de 5% para o primeiro trimestre do ano fiscal de 2025, cujo resultado será divulgado no final este mês. As vendas fracas de iPhones devem ser a razão para o desempenho ruim da receita. A perspectiva da empresa para inteligência artificial , classificada como “modesta”, também não deve ajudar.

Já a Nvidia, assim como outras ações de empresas do setor de chips, sobe forte na sessão de hoje após o presidente Donald Trump revogar uma ordem do ex-presidente Joe Biden que visava limitar os riscos da inteligência artificial para os consumidores e a segurança nacional. A ação animou investidores, pois sugere que outras restrições aplicadas pelo governo anterior, especialmente em relação a exportações de chips, também possam ser revertidas.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, aponta que a Nvidia vive um momento mais favorável do que a Apple. “A fabricante de chips tem se mostrado extremamente inovadora, com anúncios disruptivos e crescimento exponencial. A empresa está na vanguarda da tecnologia e registra um crescimento impressionante”.

A Apple mantém seu tamanho por conta da venda do iPhone, um produto consolidado, mas que está em declínio, aponta Cruz. “Nos últimos anos, a empresa tem perdido participação de mercado, especialmente em mercados emergentes, enquanto empresas chinesas ganham força”.

Nesse cenário desafiador, as ações da Apple já caíram mais de 11% em 2025. Ainda assim, atualmente 19 analistas recomendam a compra das ações da fabricante do iPhone, enquanto seis sugerem manter os papéis e apenas três recomendam a venda.