Paralisação do governo americano e votação da isenção do IR mexem com a bolsa

Shutdown nos EUA. E eu com isso?

O governo dos Estados Unidos entrou nesta quarta-feira (1) em “shutdown”. Isso significa que todas as atividades estatais consideradas não essenciais são suspensas porque não houve a aprovação das leis orçamentárias anuais pelo Congresso. Portanto, o orçamento está gelado e os funcionários públicos ficarão sem receber até que o parlamento e o governo cheguem a um consenso.

Essa não é a primeira vez que alguma coisa assim acontece (a última, inclusive, foi no primeiro procuração de Donald Trump). E, por isso, o mercado costuma ser indiferente a esses eventos. Mas desta vez a paralisação está preocupando devido a alguns pontos importantes.

O primeiro deles é a paralisação de divulgações que o mercado vinha monitorando de perto, porquê alguns dados de ofício. Isso porque, o aquecimento do mercado de trabalho tem sido uma preocupação latente do Federalista Reserve (Fed, o banco médio norte-americano) e, portanto, eles podem ajudar a trazer pistas sobre o porvir dos juros nos EUA. Ainda que a mando monetária tenha feito um galanteio na última reunião, o que vem por aí ainda está em ingénuo.

Ou por outra, a queda de braço entre a Vivenda Branca o Congresso tem porquê meio as divergências sobre galanteio de gastos (pois é, a questão fiscal não é um problema somente cá).

Portanto, a combinação da falta de visibilidade sobre a economia (sem dados oficiais para embasar projeções) com a incerteza política em torno da meio fiscal é o que deixa os investidores apreensivos. Por fim, toda essa nebulosidade pode aumentar a volatilidade dos mercados e dificultar decisões sobre juros, câmbio e ativos de risco.

Enquanto isso, no Brasil…

Por cá, o mercado monitora o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 milénio mensais.

Segundo o presidente da Câmara, Hugo Morra (Republicanos-SP), as medidas provisórias enviadas pelo governo ao Congresso também foram discutidas no encontro dele com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Relator do texto, o deputado Arthur Lira (PP-AL) está analisando as emendas encaminhadas pelos colegas e discutindo o que ainda pode entrar ou trespassar do projeto. De negócio com ele, ainda há algumas divergências no que se refere às compensações da isenção.