PCE: em meio a incertezas sobre juros, inflação preferida do Fed vem em risco com o esperado em agosto

Texto revisto às 9h40. Dissemelhante do informado anteriormente, o índice de preços de gastos com consumo foi de 0,3% no mês de agosto, em risco com o esperado. Segue aquém a reportagem corrigida:

O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na {sigla} em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,3% em agosto, segundo informou o Escritório Federalista de Estudo Econômica dos EUA (BEA, na {sigla} em inglês) nesta sexta-feira (26). O indicador veio em risco com as expectativas do mercado.

O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis uma vez que víveres e vigor, registrou uma subida de 0,2%, também em risco com as expectativas dos economistas.

O índice de gasto com consumo das famílias subiu 0,6%, levemente supra do projetado pelos economistas, que era de 0,5%.

Na confrontação anual, o PCE subiu 2,7%, em risco com o consenso. O núcleo, por sua vez, subiu 2,9% em relação a agosto de 2024, também dentro da expectativa dos analistas.

Esse é o indicador inflacionário mais escoltado pelo Federalista Reserve (Fed, o banco medial norte-americano). Portanto, ele ajuda a trazer pistas sobre os próximos passos da mando monetária em relação aos juros.

Recentemente, o Fed voltou a trinchar os juros. No entanto, a última leitura do Resultado Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre deste ano mostrou um progresso de 3,8% da economia na base anual. Uma vez que o mercado esperava uma subida mais sutil, de 3,3%, o resultado minou o otimismo dos investidores com os cortes de juros nos EUA.

Finalmente, se a economia está mais aquecida do que o esperado, é sinal de que também existem mais pressões inflacionárias, o que pode atrapalhar a trajetória de galanteio de juros.

Portanto, ao vir em risco com o esperado, o PCE não traz alertas adicionais aos investidores. Ainda assim, a inflação segue supra dos 2% anuais perseguidos pelo governo americano.

E uma vez que isso tudo mexe com meu bolso?

Quando os juros estão em patamares mais elevados nos Estados Unidos, os títulos de renda fixa de lá (incluindo os do Tesouro americano, também chamados de “treasuries”) têm rentabilidade mais subida. Com isso, os investidores tendem a transmigrar ou deixar seu numerário parado lá. Finalmente, esses ativos são considerados alguns dos mais seguros do mundo e, de quebra, ainda estão com uma rentabilidade subida. Assim, países e mercados mais arriscados (uma vez que o Brasil), passam a ser preteridos.

Por outro lado, existe um ponto que pode jogar em prol do mercado brasiliano: as crescentes incertezas a reverência dos Estados Unidos. Com as medidas tarifárias de Trump e o aumento da dívida pública por lá, há quem acredite que os investidores estejam em procura de possíveis oportunidades mundo afora, o que poderia colocar o Brasil uma vez que um dos candidatos.

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