Petróleo despenca em seguida queda do PIB americano; baixa é de até 19% no mês

No mês, o pregão do tarifaço do presidente americano Donald Trump, no dia 2 de abril, já havia feito os preços afundarem. A escalada na guerra mercantil com a China, ao longo do mês, não mudou o quadro, e fez o óleo registrar, em abril, uma desvalorização de dois dígitos.

No fechamento, os contratos futuros de petróleo Brent (referência mundial) para julho caíram 3,51%, a US$ 61,06 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE). O WTI (referência dos Estados Unidos) com vencimento para junho perdeu 3,66%, a US$ 58,21 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). No mês, perderam 18% e 19% do valor, respectivamente.

Hoje, foi divulgado que o Resultado Interno Bruto (PIB) anualizado dos Estados Unidos caiu 0,3% no 1º trimestre de 2025, muito aquém do esperado pelos analistas (subida de 0,4%). Nesta primeira leitura do oferecido do trimestre, o número mostra que a economia americana contraiu em relação ao progressão de 2,4% no 4º trimestre de 2024. É a primeira queda do PIB desde 2022.

“Riscos tarifários persistentes e expectativas de que a Opep+ afrouxará as restrições à produção continuam pressionando os preços do petróleo. Enquanto isso, um relatório de estoques pessimista do Instituto Americano de Petróleo (API) pesou ainda mais sobre os preços”, disseram Ewa Manthey e Warren Patterson, do ING.