Petróleo fecha em alta forte e atinge maior nível em quase seis meses
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Os preços do petróleo registraram forte alta após os estoques nos Estados Unidos caírem bem mais do que o esperado e aumento da previsão para a demanda global pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). A alta do óleo ocorre mesmo após a notícia de que o mas e Israel concordaram com um cessar-fogo.
Ao final dos negócios, o petróleo Brent – referência mundial – para março subia 2,26%, a US$ 80,66 por barril. É o maior fechamento desde 12 de agosto de 2024, quando fechou em US$ 81,38. Já o WTI, referência americana, fechou hoje com alta de 3,06%, a US$ 78,71. É o maior fechamento desde 18 de julho de 2024, quando encerrou em US$ 81,30 barril.
Os estoques de petróleo dos EUA caíram em 1,96 milhão de barris, para 412,68 milhões de barris, na semana encerrada no dia 10 de janeiro, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. A queda foi mais profunda do que apontava as projeções dos analistas, de 1,1 milhão de barris.
Além disso, a IEA aumentou sua previsão para a demanda global de petróleo em 90 mil barris por dia para 2024 e em 70 mil barris por dia para 2025. A IEA prevê que a demanda aumente 0,9 milhão barris por dia em 2024 e 1,1 milhão de barris por dia em 2025.
Ainda que o suprimento da OPEP permaneça praticamente inalterado, existe risco de queda por conta das sanções à Rússia e ao Irã. Ou seja sanções recentes e potenciais, que possam ser implementadas com o início do governo Trump na semana que vem, preocupam.
Phil Flynn, analista do The Price Futures Group, aponta que a razão pela qual o petróleo atingiu os níveis mais altos desde julho é que o mercado está apertado. E com a onda de frio do ártico atingindo países como os EUA, é mais do que provável que fique mais apertado. Isso acontece porque o mundo quer ser duro com a Rússia, explica.
“O governo Biden sancionou duas empresas petrolíferas russas esta semana, Gazprom Neft e Surgutneftegas, bem como 183 embarcações da “frota sombra” russa. Eles também acusaram o Eagle S Tanker, supostamente parte da frota sombra russa, de sabotagem, danificando um cabo de energia do Mar Báltico que vai da Finlândia à Estônia”.
Além disso, a IEA alerta que “há uma especulação crescente de que a nova administração dos EUA tomará uma posição mais dura sobre as exportações de petróleo do Irã. Em 19 de dezembro, os EUA expandiram as sanções sobre embarcações que transportam petróleo bruto iraniano. As novas sanções sobre a frota do Irã agora cobrem embarcações que transportaram quase um terço das exportações de petróleo bruto do país.
Embora seja muito cedo para quantificar totalmente o impacto dessas novas medidas, alguns operadores já começaram a se afastar do petróleo iraniano e do russo.
Se as reduções no fornecimento devido a sanções se tornarem substanciais, os estoques de petróleo podem ser usados para atender aos requisitos operacionais no curto prazo, conclui Flynn. Além disso, espera-se que os produtores fora da OPEP+ ampliem o fornecimento em 2025. Por fim, os membros da OPEP+ também têm procurado desfazer cortes voluntários extras e podem aumentar a produção, se necessário.
Na visão do especialista, essas medidas devem cobrir tanto potenciais interrupções no fornecimento quanto o crescimento esperado da demanda e manter o preço do óleo perto do nível atual.
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