PIB dos EUA surpreende e cai no 1º trimestre. Uma vez que afeta os juros?
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O Resultado Interno Bruto (PIB) anualizado dos Estados Unidos caiu 0,3% no 1º trimestre de 2025, muito aquém do esperado pelos analistas, subida de 0,4%, conforme divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Escritório de Estudo Econômica (BEA). Nesta primeira leitura do oferecido do trimestre, o número mostra que a economia americana contraiu em relação ao progresso de 2,4% no 4º trimestre de 2024. É a primeira queda do PIB desde 2022.
Já o índice de inflação anualizado medido pelo PCE aumentou 3,6% no trimestre. Excluindo os preços de mantimentos e robustez, o núcleo do PCE avançou 3,5%. Na última leitura, havia subido 2,6%.
A queda do PIB refletiu principalmente o aumento das importações, que são uma subtração no conta do PIB, e a redução dos gastos do governo. Esses movimentos foram parcialmente compensados por aumentos no investimento, nos gastos do consumidor e nas exportações. Com a expectativa do aumento de tarifas por secção do governo Trump, as empresas americanas fizeram uma corrida para antecipar compras e prometer estoques, com impacto direto no PIB.
Os dados mostram uma economia menos resistente, na qual tende a se manter a aposta em uma menor pausa dos cortes de juros. Todavia, a inflação preocupa, e pode fazer com que o banco meão americano opte por esperar mais para retomar os juros
No dia 19 de março, o Comitê Federalista de Mercado Desimpedido (Fomc) do banco meão americano (Federalista Reserve, o Fed) manteve os juros no pausa entre 4,25% e 4,50% ao ano, conforme era amplamente esperado pelo mercado. Todavia, surpreendeu secção do mercado ao manter sua previsão de dois cortes de juros até o final do ano inalterada.
Logo em seguida a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que preferia esperar para ver qual será o impacto das políticas de tarifas de Trump sobre a inflação. Desde o início do seu governo, o presidente americano Donald Trump anunciou uma série de tarifas sobre o Canadá, México e China. Todavia, vem adotando a estratégia ‘morde e assopra’; parece hostil em um primeiro momento, e depois opta por delongar as medidas, uma vez que aconteceu com o tarifaço.
Agora, o Secretário do Negócio americano aponta que um concordância foi firmado, sem referir com qual país, enquanto a negociação com a China parece travada.
O que dizem os especialistas
Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, aponta que os dados divulgados hoje não indicam um cenário de recessão da economia americana, mas as perspectivas para o incremento porvir não são boas. “Nossa expectativa é de que o recente aumento nas tarifas de importação ligeiro a uma desaceleração da economia dos EUA e seja mais um fator de pressão sobre a inflação, que segue supra da meta de 2% do Fed (Federalista Reserve, o banco meão americano)”.
Com esse cenário, Rodrigues acredita que o Fed deve permanecer cauto e manter os juros em patamar ressaltado na reunião de maio.
A atividade norte-americana, apesar das incertezas envolvendo as políticas econômicas anunciadas recentemente, mostra certa resiliência, sustentada por um mercado de trabalho ainda equilibrado, na visão de Gustavo Sung, economista-chefe da morada de análises Suno.
Conjuntamente a divulgação do PIB, foram divulgados dados de inflação, que registraram subida supra do esperado e evidenciam os desafios que o Fed enfrentará nos próximos meses, aponta Sung. O cenário combinará uma desaceleração da atividade econômica — em meio a juros ainda elevados e à imposição de tarifas — com uma inflação que deve se manter elevada e distante da meta de 2%.
“Esse contexto impõe um dilema ao BC americano no segundo semestre: manter os juros altos para moderar a inflação ou reduzi-los para sustentar uma economia em perda de ritmo”.
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