Pix parcelado já tem data de lançamento pelo Banco Médio; entenda a novidade

Depois dos lançamentos do pix recorrente agendado e do pix por aproximação, a funcionalidade do pix parcelado chegará para ser usado para qualquer tipo de transação pix, inclusive para transferências. Segundo o BC, a funcionalidade tem potencial para estimular o uso do pix no varejo para a compra de bens e serviços de valor mais proeminente, favorecendo quem não tem aproximação a esse tipo de operação.

Uma vez que o Valor Investe já mostrou, mesmo não sendo lançada oficialmente, a modalidade tem desenvolvido entre entre MEIs e gigantes do e-commerce, ampliando crédito no varejo.

O pix parcelado não é o mesmo que o pix normal, só que dividido. É uma oferta de parcelamento fora do tradicional cartão de crédito. O pix parcelado opera uma vez que um crédito ou financiamento. Ao fazer uma transação via pix, o cliente pode optar por remunerar parcelado, escolhendo em quantas vezes e a melhor data de pagamento. Mas não há uma regra única, já que não sendo ainda uma modalidade oferecida oficialmente pelo Banco Médio, os bancos (tradicionais e digitais) e as fintechs adotam critérios próprios. A disponibilidade depende também das políticas de cada instituição financeira.

“Em alguns casos são poucas parcelas, sendo a primeira paga à vista, logo por exemplo, uma compra em quatro vezes, o consumidor faz um pagamento via pix de 25% do valor da mercadoria, e as demais com prazos para efetivar o pagamento, também via pix. Em outros casos, o parcelamento pode ter prazo maior, mas normalmente com cobrança de juros“, explica Gastão Mattos, fundador e CEO da consultoria Gmattos.

As pesquisas da consultoria indicam o surgimento do pix parcelado a partir de 2022, um pouco mais de um ano do lançamento do pix.

De modo universal, o cliente pode remunerar parcelado pelo valor contratado, escolhendo em quantas vezes e em qual data quer quitar a conta. As parcelas são descontadas do saldo da conta bancária, com débito automático. Uma vez que a oferta de parcelamento acontece fora do tradicional cartão de crédito e quem assume o risco de inadimplência é a instituição financeira. Por isso mesmo, pode ter cobrança de juros, o que não acontece no pix avulso. Mas não há uma regra única, já que não sendo ainda uma modalidade oferecida oficialmente pelo Banco Médio, os bancos (tradicionais e digitais) e as fintechs adotam critérios próprios.

“Várias fintechs adotaram o pix uma vez que forma de liquidação de sua oferta de parcelado do tipo BNPL (“Buy now, and pay later”, em português: compre agora e pague depois). Fazia totalidade sentido, pois, além de ser uma plataforma com insignificante dispêndio de operação, o rápido prolongamento do pix entre consumidores transferia credibilidade para a oferta do novo parcelamento. A loja vendedora sempre recebe à vista, com uma taxa de desconto. A receita da fintech do pix parcelado é a taxa de desconto cobrada da loja, e o juros (quando aplicado) cobrado do consumidor“, explica Mattos.

O BC também informou que a modalidade pix em garantia será uma solução que permitirá que os recebíveis futuros de Pix sejam usados uma vez que garantia em operações de crédito. “O objetivo é baratear o crédito ofertado para as empresas, principalmente para aquelas das quais uso do pix é mais relevante”, explica a autonomia.

A solução é voltada para estabelecimentos comerciais e empresas – não trazendo nenhuma mudança na forma uma vez que as pessoas físicas utilizam o pix.

Ainda em desenvolvimento pelo BC, é esperado que o pix em garantia esteja disponível somente em 2026 “por ser uma infraestrutura mais complexa”, diz o BC.