Pix parcelado para empresas: bancos e fintechs ampliam a oferta, à espera das regras do BC
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O pix parcelado opera porquê um crédito ou financiamento. O cliente pode optar por remunerar parcelado, escolhendo em quantas vezes e a melhor data de pagamento. Para quem recebe, o valor integral cai na hora na conta. Uma vez que ainda não há uma regra única, quem oferece adota critérios próprios.
O BTG Pactual, por exemplo anunciou o lançamento do pix parcelado para que os clientes Pessoa Jurídica (PJ) possam parcelar pagamentos via pix, utilizando o limite do cartão de crédito. Neste caso, o valor do pix parcelado é retirado do limite do cartão que o cliente já tem.
Ao selecionar o pix porquê forma de pagamento, a opção de parcelamento é exibida no aplicativo do BTG Pactual Empresas para os clientes elegíveis.
Em nota, Gabriel Motomura, sócio do BTG Pactual Empresas, explica que a funcionalidade oferece aos empresários a possibilidade de uma gestão mais eficiente do fluxo de caixa, com diluição de despesas sem comprometer o capital de giro, além do aproximação subitâneo aos valores, assegurando a liquidez da operação.
“O pix parcelado dá maior poder de negociação com fornecedores, ao viabilizar pagamentos à vista. Os descontos para pagamentos à vista são bastante frequentes em negócios entre empresas, com reduções que chegam a 10% do valor totalidade. Com essa funcionalidade, os clientes do BTG Pactual Empresas poderão realizar suas compras à vista, com o mercê do desconto, e remunerar a prazo, utilizando recursos das vendas para prometer o estoque”, afirma.
O público que o banco pretende conquistar é o de pequenas e médias empresas. Ao contratar os recursos, o valor pode ser dividido em parcelas na fatura do cartão, sujeitas à cobrança de juros do banco. Outrossim, caso a pessoa atrase a fatura, há os juros adicionais do cartão.
O BC sempre deixou evidente que zero impede bancos e fintechs de testarem seus modelos de oferta de aproximação ao crédito. E na ponta destas instituições, elas não perderam tempo. Já em meados de 2021, o Mercado Pago passou a oferecer a escolha de crédito, podendo ser feito sobre o cartão de crédito ou sobre uma traço de crédito mesmo. O foco do banco do dedo, a exemplo de outras propostas que surgiram desde logo, está em facilitar a vida de usuários pessoa física. Só mais recentemente quem tem CNPJ também entrou no radar das instituições financeiras.
No Itaú, a modalidade permite realizar pagamentos à vista para o fornecedor, mas parcelar em até 48 vezes, sem a premência de comprometer o limite do cartão de crédito. Está disponível desde o primeiro semestre de 2024 no app Itaú Empresas e para 100% dos clientes no bankline.
Na CloudWalk, dona da marca InfinitePay, o capital utilizado nessas operações vem da própria estrutura financeira da empresa e é ofertada desde 2024 para uma base de clientes formada por quatro milhões de pequenos negócios, afirma Fabricio Costa, diretor de serviços financeiros da empresa.
Pix parcelado ganha regras em setembro
As regras do pix parcelado serão anunciadas pelo Banco Meão em setembro. Por ora, a autonomia reforça que a dinâmica permitirá ao usuário do pix tomar crédito podendo remunerar parcelado. Quem estiver recebendo o pix terá aproximação a todo o valor instantaneamente.
O BC acredita que a funcionalidade tem potencial para estimular o uso do pix no varejo para a compra de bens e serviços de valor mais proeminente.
Raphael Dyxklay, presidente da Barte, fintech que oferece sistemas de soluções de pagamento para médias e grandes empresas, avalia que o pix parcelado resolve uma dor real do mercado, mormente em setores onde o cartão de crédito já não é suficiente para comportar o valor da compra.
“É uma opção prática, do dedo e com uma experiência de pagamento muito simples para o consumidor”, diz.
Na modalidade oferecida pela Barte, o usuário pessoa física pode remunerar em até 24 vezes via pix, com débito recorrente na conta, de forma semelhante a um parcelamento convencional. As taxas de juros são definidas diretamente na plataforma, conforme as políticas de cada negócio. O pix parcelado da fintech começou a ser implementado na metade de 2024. O capital para as operações vem da própria estrutura financeira da Barte, composta por capital próprio e linhas de crédito estruturadas para esse término.
Dyxklay garante que a adesão tem incremento rápido, com subida de dois dígitos mês a mês (sem revelar números), e já é ofertada por empresas porquê Housi, Sallve e Stanley Hair. “A cobrança é feita sem sobrecarregar o financeiro das empresas, já que é a nossa infraestrutura que faz o comitiva para prometer que o pagamento das parcelas seja feito de forma eficiente”, complementa.
João Promanação, sócio da extensão bancária e de fintech do CSMV Advogados, avalia que a chegada do pix parcelado via Banco Meão é positiva porque traz mais uma escolha de crédito para o consumidor, mas destaca a valimento da regulação prever taxas de juros atrativas.
“Se for só mais uma forma de parcelar com juros altos, o consumidor pode continuar preferindo as opções que já conhece. No momento atual, em que o superendividamento das famílias é uma preocupação crescente, o pix parcelado vai precisar vir com taxas competitivas – senão vira só um crediário do dedo com outro nome“, aponta.
“Na minha visão, em plena era do open finance [sistema financeiro aberto], com aproximação a informações bancárias em tempo real, inclusive saldo de conta, dá para pensar em alternativas com base em modelos dinâmicos de estudo de risco, aproveitando o novo ecossistema de dados financeiros do país. Isso traria mais eficiência e inclusão para o sistema”, finaliza o sócio do CSMV Advogados.
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