Por que as ações da Marfrig, JBS e Minerva caíram hoje?
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As ações da maior secção dos papéis de frigoríficos da B3 caíram no pregão desta segunda-feira (17) na B3, com unicamente BRF (BRFS3) se livrando do vermelho, com subida de 1,21%, cotada a R$ 18,33. A maior queda foi de Marfrig (MRFG3), que recuou 2,95%, negociada a R$ 14,81.
Na sequência, o recuo da ação de JBS (JBSS3), de 1,44%, cotada a R$ 32,75; e Minerva (BEEF3), com queda de 0,37%, a R$ 5,35.
Nesta segunda, a Organização Mundial de Saúde Bicho (OMSA) divulgou alerta depois a identificação de um caso de gripe aviária da cepa H7N9 nos Estados Unidos. O vírus não era identificado no país desde 2017 e foi diagnosticado em frangos de incisão de uma granja de Mississippi.
Igor Guedes, comentador de frigoríficos da Genial Investimentos, explica que os papéis também são impactados pelo preço da arroba do boi, que afeta Marfrig, JBS e Minerva. “Os contratos futuros do boi gordo para outubro já voltaram para R$340 por arroba, subida de 5% em 2 semanas, com o preço supra do mercado físico”, comenta.
Aliás, a exportação de mesocarpo segue em máxima histórica, o que mantém o ritmo de abate para exportar potente e reduz a disponibilidade de rebanho, causando subida no preço da arroba.
“Temos observado que o nível de retenção de fêmeas está subindo também, outro fator que impulsiona o preço da arroba. Com uma arroba mais rosto, o dispêndio de obtenção do bicho para abate é maior pro frigorífico. Isso reduz as margens das companhias”, explica.
E falando em elevação nos preços, João Abdouni, comentador da Levante Inside Corp, também explica que alguns papéis são pressionados por outra subida de custos do setor, uma vez que o progresso no preço do milho, que serve de iguaria das aves.
As empresas, que são fortes na exportação, também sofrem com a queda do dólar em relação ao real, que fechou em R$ 5,69, menor nível em quase cinco meses, e pelo vencimento das permissões de exportação de carnes de empresas dos Estados Unidos para a China, que expirou neste domingo (16). O que poderia beneficiar o mercado brasílio — que supriria essa demanda, por exemplo — prejudica as empresas nacionais que tem exposição ao mercado americano, uma vez que Marfrig e JBS, explica comentador Rafael Passos, da Ajax Asset.
Segundo o Mundo Rústico, caso as permissões realmente não sejam renovadas, gigantes do setor uma vez que JBS USA, Tyson Foods, Cargill e Smithfield Foods serão afetadas.
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