Por que o dólar cai mesmo com o tarifaço?
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/b/6/G6yNpTTRKqvxJ1TvvBbg/whatsapp-image-2025-05-13-at-15.13.05.jpeg?ssl=1)
Mesmo posteriormente o tarifaço de 50% imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, o dólar tem se mantido comportado no Brasil. Ontem (12), inclusive, a moeda fechou na menor cotação em mais de um ano. Mas se um dos principais temores em relação ao tarifaço era a queda nas exportações e, portanto, a subida do dólar, por que a moeda americana está caindo?
Economia mais fraca no EUA
O primeiro fator vem de fora. Dados recentes mostram que a economia norte-americana está perdendo fôlego. Uma das explicações para isso é justamente a guerra mercantil promovida pelo presidente.
Não à toa, um dos principais relatórios de ocupação dos Estados Unidos mostrou que em julho, o país criou unicamente 73 milénio vagas. Para se ter uma teoria, o mercado previa 100 milénio postos criados. Os dados inflacionários também têm se mostrado mais comportados. O índice de preços ao consumidor (CPI, na {sigla} em inglês) subiu 0,2% em julho, uma vez que o previsto pelos analistas.
Assim, diante de uma atividade mais enfraquecida, o mercado vê espaço para que o Federalista Reserve (Fed, o banco médio norte-amerticano) incisão juros em breve. E não só isso! A previsão é que aconteçam mais cortes do que o mercado apostava inicialmente.
Assim, com a expectativas de juros menores e atividade mais fraca nos EUA, os investidores começam a buscar oportunidades em outros países. Com dólares chegando nesses outros lugares, a oferta da moeda aumenta e, portanto, o preço dela cai.
Mas e o impacto do tarifaço no Brasil?
Um outro ponto que justifica esse movimento vem do cenário interno e de movimentações do próprio Trump em relação ao Brasil. É válido lembrar que dias antes da ingresso em vigor das tarifas, os EUA retiraram muro de 700 produtos da lista de sobretaxas. Com isso, a maior secção das exportações brasileiras para o mercado americano não foi afetada, o que reduziu o choque sobre o fluxo cambial.
Os setores que continuam sujeitos às tarifas (uma vez que moca, músculos e frutas), por sua vez, buscam outras estratégias, inclusive com proteção do governo, que lançou nesta quarta-feira (13) um pacote de medidas para reduzir os danos a essas empresas.
Uma das estratégia é tentar variar os destinos das exportações. Isso manteria a ingresso de dólares no país, mesmo que eles não venham dos Estados Unidos.
O pacote anunciado nesta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforça essa contenção. Entre as medidas estão uma traço de crédito, a reformulação do Fundo de Garantia à Exportação, compras governamentais de produtos afetados e um programa de proteção ao ocupação. A teoria é preservar a receita de exportadores e manter a circulação de dólares no país.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/b/6/G6yNpTTRKqvxJ1TvvBbg/whatsapp-image-2025-05-13-at-15.13.05.jpeg)
Publicar comentário