Prévia do PIB, romance do IOF e guerra entre Israel e Irã marcam a segunda-feira

Os investidores buscam pistas do que vem por aí a partir das previsões do Boletim Focus. Nas últimas semanas, os economistas têm se mostrado mais otimistas em relação à inflação. A previsão para o IPCA deste ano chegou a desabar por cinco semanas seguidas até paralisar, mas nas duas últimas semanas as estimativas voltaram a desabar. Apesar disso, elas seguem supra do limite considerado tolerável pelo Banco Meão, que é de 4,5% ao ano.

Na semana passada, o IPCA de maio mostrou mais uma desaceleração e, portanto, essas previsões podem continuar caindo.

Para além do IPCA, o mercado fica de olho hoje no IBC-Br, indicador espargido uma vez que “prévia do PIB”, que será divulgado pelo Banco Meão às 9h. A mediana das 21 projeções colhidas pelo Valor Data aponta para um desenvolvimento de 0,1% em abril. As estimativas vão desde uma queda de 0,4% até uma subida de 0,4%.

Na conferência com abril de 2024, a mediana aponta para uma subida de 2,2% para o primeiro mês do segundo trimestre. Neste caso, as projeções vão de firmeza uma firmeza até um progressão de 3,0%.

A Câmara dos Deputados deve votar em plenário hoje o requerimento de urgência do projeto de decreto legislativo (PDL) que revoga o decreto do governo com reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Se validado, o requerimento de urgência acelera a tramitação do PDL e só portanto os deputados votam a proposta. Segundo o Valor Econômico, o governo disse que trabalharia em procura de concórdia com os parlamentares.

Enquanto isso, lá fora…

Lá fora, o mercado segue acompanhando a guerra entre Irã e Israel. Os conflitos continuaram ao longo de todo o termo de semana. Os efeitos disso no mercado agora são mistos. Hoje pela manhã, os preços dos contratos futuros de petróleo registravam queda, em uma sessão volátil.

Segundo agências internacionais, por volta das 6h50, na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para entrega em agosto caía 0,66% a US$ 73,73 por barril. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para julho recuava 0,62% a US$ 72,53.

É importante lembrar que essas movimentações tendem a impactar o preço de ações importantes da bolsa brasileira, uma vez que Prio, PetroReconcavo e Petrobras, que representa sozinha quase 10% do Ibovespa.