Prio (PRIO3) sobe na bolsa mesmo com queda de 60% no lucro; entenda

Para o Itaú BBA, os números da Prio foram neutros. O banco, no entanto, nota que as receita líquida da Prio (PRIO3) surpreendeu positivamente, porque a companhia utilizou secção de seu inventário de barris no trimestre. O faturamento saiu de R$ 478 milhões para R$ 567 milhões, subida de 19%, e que veio 1% supra do consenso do banco.

No trimestre, a Prio foi afetada pela paralisação de produção no polo de Peregrino. Apesar de ter gerado o aumento do dispêndio de extração para a empresa, o Bradesco BBI usou o evento uma vez que base para aumentar seu preço-alvo sobre a ação da Prio (PRIO3), de R$ 59 para R$ 62.

“O aumento em nosso preço-alvo deve-se principalmente à inclusão de maiores depreciações e amortizações relacionadas ao campo de Peregrino, o que gerou um favor fiscal sucoso”, diz o BBI em relatório.

A Prio deve focar os esforços nos próximos seis a oito meses nas operações para que a companhia possa perceber a marca de 200 milénio barris por dia, disse o presidente da empresa, Roberto Monteiro.

Em teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre, nesta quarta-feira (5), o executivo disse que a compra do campo de Peregrino das mãos da Equinor será em duas etapas, sendo inicialmente de 40%, posteriormente assumindo os 20% restantes, para que passe a paralisar 100% do ativo.

Com a desfecho da compra de 40% de Peregrino, a empresa passará dos atuais 115 milénio barris/dia para 150 milénio barris por dia. O início da produção de outro campo, Wahoo, elevará a produção da Prio para 190 milénio barris ao dia, afirmou.