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Produção industrial volta a cair em novembro. E você com isso?

Produção industrial volta a cair em novembro. E você com isso?

Produção industrial volta a cair em novembro. E você com isso?

gettyimages-989526330 Produção industrial volta a cair em novembro. E você com isso?
Indicador foi divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (8) A produção industrial no Brasil caiu 0,6% em novembro ante outubro, conforme mostrou a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). O indicador foi apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (8). Este é o segundo mês de queda, período em que a indústria acumulou perda de 0,8%.
O número veio acima da mediana das previsões de 24 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que apontavam para uma queda de 0,7%. O intervalo das estimativas ia de um recuo de 1,2% a um avanço de 0,1%.
No confronto com novembro de 2023, a indústria cresceu 1,7%, sexta taxa positiva consecutiva. Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,2% nos onze primeiros meses de 2024.
Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 3,0% em novembro.
E você com isso?
Os indicadores de atividade são importantes para os investidores porque trazem uma pista sobre a força da economia brasileira e, claro, o quanto isso pode pressionar a inflação.
Afinal, quanto mais forte está a atividade (o que é ótimo para o país e os trabalhadores), maior é a pressão sobre a inflação e, consequentemente sobre os juros.
Recentemente, o Banco Central tem se mostrado preocupado com o aquecimento da economia e com o impacto disso sobre a inflação. Não à toa, a autoridade monetária voltou a aumentar os juros e já passou a sinalizar que altas novas podem acontecer nas próximas reuniões.
Como bem se sabe, o aumento da Selic é a maneira que a autoridade monetária tem de combater a inflação. Isso porque, quanto mais altos estão os juros mais caro ficam os empréstimos e financiamentos, o que “freia” os gastos dos consumidores e empresas.
O que subiu e o que caiu?
Segundo o IBGE, as quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias (com queda de 11,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (que caiu 3,5%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos alimentícios (com recuo de 1,2%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (com queda de 8,5%), de produtos químicos (que caiu 2,1%), de celulose, papel e produtos de papel (que recuou 3,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (com queda de 5,4%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (com redução de 6,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (que caiu 3,8%), de produtos do fumo (que reduziu 16,3%), de bebidas (que teve queda de 2,7%) e de móveis (que caiu 5,7%).
Entre as seis atividades que apontaram expansão na produção, a de máquinas e equipamentos subiu 2,3% e exerceu o principal impacto em novembro de 2024.
Ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis recuou 2,8% e apontou o resultado negativo mais elevado em novembro de 2024. Já bens de consumo duráveis caiu 2,1%; bens de capital recuou1,7% e bens intermediários teve queda de 0,7%.
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