Quanto rende R$ 1 milénio em Tesouro Direto, poupança e CDB em seguida a Selic subir para 14,75%
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/K/Y/QpQvKPSKKrwoPAUbegXg/gettyimages-2158940746.jpg?ssl=1)
Essa subida afeta principalmente os juros dos papéis de renda fixa que acompanham o CDI (uma taxa que anda colada na Selic), porquê os Certificados de Repositório Bancário (CDBs) e as Letras de Crédito Agrícola e Imobiliário (LCAs e LCIs), e aqueles que são atrelados à Selic, porquê o título do Tesouro Direto chamado de Tesouro Selic. Mal o Copom eleva os juros, esses papéis passam a remunerar mais os investidores.
A Selic nesse nível impacta a caderneta de poupança também, em menor intensidade. A caderneta deixa de ter o rendimento subindo linearmente em seguida a taxa estar supra de 8,5%. Inferior desse nível, o retorno da poupança fica em 70% de quanto for o rendimento indispensável.
Quando a Selic supera os 8,5% (não importa se 8,75% ou 20%), a remuneração da poupança é limitada a 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais a variação da taxa referencial (TR), regra conhecida porquê a da “poupança velha”.
Mas, é importante saber que, com a taxa supra de dois dígitos, a TR deixou de ter retorno zero e deve reunir à poupança um rendimento. Apesar disso, os demais investimentos de renda fixa continuam rendendo muito mais que a caderneta.
Apesar de não acompanharam diretamente a Selic, os títulos de renda fixa atrelados à inflação (que oferecem uma taxa fixada na compra mais o reunido da inflação no período do investimento) e os papéis prefixados (que pagam um rendimento fixado na compra) passaram a oferecer juros maiores à medida que foram aumentando as estimativas para a Selic. Agora que as expectativas para a taxa estão recuando, esses papéis devem diminuir as remunerações à venda. Porém, os rendimentos oferecidos ainda estão altíssimos.
No Tesouro Direto, os que acompanham a inflação estão oferecendo taxas perto de 7% mais a inflação ao ano, enquanto os papéis prefixados estão pagando perto de 14% ao ano.
Atualmente, os economistas esperam que os juros se mantenham em 14,75% ao ano até o término de 2025 e recuem para 12,50% ao ano até o término de 2026. Os papéis mais conservadores, que acompanham o CDI ou à Selic, tendem a render mais dentro de cinco anos do que os papéis que seguem a inflação. Alguns papéis prefixados privados podem até ser mais rentáveis nesse período, mas o investidor corre o risco de perder para a inflação dependendo do que ocorrer no porvir.
Considerando a expectativa para os juros que está embutida atualmente nos contratos futuros, de rendimento da Selic reunido em perto de 14,70% no próximo ano, ao utilizar R$ 1 milénio no papel Tesouro Selic com data de vencimento em 2028, o saque seria de R$ 1.120 depois de um ano, descontando o Imposto de Renda.
Em um CDB que oferece remunerar um pouco mais, 102% do CDI, o resgate seria de R$ 1.123 depois de um ano, descontando o Imposto de Renda. Já em uma LCA ou LCI que remunera 96% do CDI e é isenta de Imposto de Renda, a retirada seria maior ainda, de R$ 1.140.
Já na poupança, o saque seria menor, de R$ 1.082, considerando a TR prevista neste prazo, de murado de 2,05% ao ano. Embora pareça pequena, a diferença é grande no longo prazo. Quanto maior o tempo de emprego, menos vantajosa é a poupança.
Veja as simulações feitas por Rafael Haddad, planejador financeiro do C6 Bank.
Investimento de R$ 1 milénio em seguida um ano
| Emprego | Resgate líquido (R$) | Rentabilidade líquida (%) |
| Poupança | 1.082,20 | 8,22 |
| Tesouro Selic com vencimento em 2028 | 1.119,67 | 11,97 |
| CDB que paga 102% do CDI | 1.122,82 | 12,28 |
| CDB que paga 105% do CDI | 1.126,43 | 12,64 |
| LCI ou LCA que paga 96% CDI | 1.140,11 | 14,01 |
Investimento de R$ 1 milénio em seguida cinco anos
| Emprego | Resgate líquido (R$) | Rentabilidade líquida (%) |
| Poupança | 1.484,35 | 48,44 |
| Tesouro Selic com vencimento em 2029 | 1.773,26 | 77,33 |
| CDB que paga 102% do CDI | 1.780,35 | 78,04 |
| CDB que paga 106% do CDI | 1.819,77 | 81,98 |
| LCI ou LCA que paga 92% CDI | 1.805,94 | 80,59 |
A maioria dos papéis de renda fixa estão sujeitos à tributação do Imposto de Renda no resgate. A alíquota começa em 17,5%, mas diminui para 15% quando é maior o período do investimento. Já as LCIs e LCAs são isentas imposto e por isso pagam melhor o investidor.
Zelo com o emissor dos papéis
Cabe lembrar que os papéis de renda fixa emitidos pelos bancos, caso de CDBs, LCAs e LCIs, têm seu risco associado ao balanço do banco emissor. O risco é eles não remunerarem o investidor porquê combinado por dificuldades financeiras das instituições, que podem ser maiores do que no Tesouro Direto. Em tempo de juros altos porquê agora, aumenta esse risco.
Por justificação disso, a remuneração desses produtos é maior em verificação à oferecida no Tesouro Direto. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é porquê um seguro que cobre até R$ 250 milénio por banco em caso de inadimplência da institituição, mas esse recurso pode demorar para tombar na conta. Também, papéis emitidos por companhias e não por bancos, porquê os Certificados de Recebíveis Imobiliários e Agrícolas (CRIs e CRAs) e as debêntures, não são cobertos por esse fundo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/K/Y/QpQvKPSKKrwoPAUbegXg/gettyimages-2158940746.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2020/z/a/AbK6PATj2i0KOpf6HysA/gettyimages-847334914.jpg?ssl=1)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2019/N/M/wlyR55S7u2B7KdSZXBrw/acao.jpg?ssl=1)
Publicar comentário