Quanto você precisa ter investido em dólar para não suportar com a inflação?
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É muito geral ouvir que secção dos gastos dos brasileiros são “dolarizados”. Por fim, há muitos insumos e produtos importados entre os itens mais consumidos pelos cidadãos.
E, segundo um estudo feito pela Instauração Getulio Vargas, os brasileiros precisariam ter entre 16% a 18% do seu patrimônio investido no exterior para conseguir permanecer neutro em relação ao consumo e não sentir a variação cambial.
No entanto, o estudo ressalta que essa fita protege unicamente a cesta básica de consumo, uma vez que o levantamento foi feito com base no Índice de Preços ao Consumidor Espaçoso (IPCA, a inflação solene do país).
O estudo foi apresentado durante o evento Avenue Connection, promovido pela corretora especializada em investimentos no exterior. O levantamento mostrou que em cinco anos o dólar variou 33,9%. Já títulos atrelados ao IPCA subiram 31,1%. Em 10 anos, no entanto, essa diferença é muito maior: 131,4% do dólar contra 76,3% dos títulos ligados à inflação.
O levantamento mostrou que os principais produtos e setores que sofrem com a variação cambial são:
- Os eletrônicos, já que a maioria dos que são vendidos no Brasil é importada ou depende de componentes importados;
- Os veículos e autopeças (porque, embora o Brasil tenha uma indústria automobilística significativa, muitos veículos e peças são importados, mormente em modelos de luxos ou peças específicas);
- Os medicamentos (já que muitos remédios e matérias-primas são importadas);
- Alguns víveres (uma vez que o trigo, por exemplo, que têm uma parcela significativa de importação e é base para muitos produtos popularmente consumidos no Brasil);
- Combustíveis (que, inclusive, têm o potencial de impactar quase toda a calabouço produtiva do Brasil).
Brasílio não investe fora
Investir no exterior traz não só essa proteção cambial uma vez que também permite uma diversificação maior. No entanto, isso ainda não é uma veras geral entre os brasileiros, segundo o professor Ricardo Rochman, Coordenador do Núcleo de Estudos em Finanças da FGV.
“O brasílico tem muito o que chamamos de viés doméstico. Tem pesquisas que mostram que entre 25% a 30% da carteira do norte-americano está em ativos fora dos Estados Unidos. Com todas as oportunidades que eles têm lá, eles ainda investem internacionalmente, porque sabem que tem um grande efeito da diversificação ali. Enquanto isso, o brasílico investe menos do que 5%”, diz.
É válido lembrar que, apesar da valimento do investimento no exterior, é importante estar vigilante às características e riscos das aplicações escolhidas.
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