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‘Queridinhas’ das bolsas dos EUA perdem espaço na carteira de recomendações para setembro

‘Queridinhas’ das bolsas dos EUA perdem espaço na carteira de recomendações para setembro

‘Queridinhas’ das bolsas dos EUA perdem espaço na carteira de recomendações para setembro

‘Queridinhas’ das bolsas dos EUA perdem espaço na carteira de recomendações para setembro

Vindas de uma sequência de recordes, as bolsas americanas se aproximam de uma zona perigosa, em que está difícil determinar se podem continuar subindo ou se, na verdade, beiram o precipício.

Setembro mal começou, mas a decisão do banco mediano dos Estados Unidos (Federalista Reserve, o Fed) no dia 17 já é dada porquê certa. É praticamente um consenso entre as apostas do mercado financeiro que a flexibilização monetária será retomada lá fora.

Mas a questão que paira sobre investidores é se esta é a última de uma série de boas surpresas que inspiraram o rali nas ações americanas ou se pode ser só o primícias do próximo ciclo de consolação nos juros.

Nesse cenário dicotômico, o compilado das carteiras consultadas pelo Valor Investe (Ágora, BTG, Empiricus, Itaú BBA, Santander e XP) mostra mais cautela dos especialistas com o setor de tecnologia, que inclui ações “queridinhas” nas bolsas de Novidade York, e redução das posições em nomes mais tradicionais no mercado americano, porquê os de grandes bancos e petrolíferas.

  • Um verosímil divisor de águas será o próximo relatório de tarefa americano, chamado “payroll”, que será divulgado nesta sexta, dia 5 de setembro.

Surpresas com um mercado de trabalho mais possante que o indigitado pelas projeções podem reduzir as apostas na magnitude dos cortes de juros nos EUA levante ano. Neste cenário, com uma economia resiliente, os investidores voltariam a apostar com força no setor de tecnologia e Lucidez Sintético (IA) e em consumo.

Essas discussões esquentam enquanto as ofensivas políticas de Donald Trump sobre o mercado crescem. O presidente americano tem se mostrado mais dominador do que Wall Street imaginou e vem cercando empresas de tecnologia para alavancar as receitas governamentais.

Mas o principal meta das suas investidas é o Fed. Assim, o controle da inflação nos EUA foi disposto em xeque, enquanto a indústria vernáculo teme as próximas cartas do tarifaço que podem ser jogadas pela Mansão Branca.

O risco desse tudo ou zero nos EUA cresce com os preços de muitas ações nas máximas históricas e os múltiplos de avaliação das companhias bastante esticados nas bolsas.

Carteira de recomendações de ações estrangeiras para setembro

Classificação Ação Recomendações em agosto Pesos em agosto Recomendações em setembro Pesos em setembro
1 Alphabet (GOGL34) 4 35,5% 4 36,5%
2 Amazon (AMZO34) 5 51,0% 4 33,5%
3 Nvidia (NVDC34) 4 29,5% 4 29,5%
4 Meta (M1TA34) 3 43,0% 3 43,0%
5 JP Morgan (JPMC34) 3 37,0% 3 37,0%
6 Microsoft (MSFT34) 3 34,0% 3 34,0%
7 Morgan Stanley (MSBR34) 2 26,0% 2 26,0%
8 Alibaba (BABA34) 3 22,5% 2 17,5%
9 Berkshire Hathaway (BERK34) 2 20,0% 2 16,0%
10 TSMC (TSMC34) 2 15,0% 2 16,0%

O que mudou para setembro

  • Embora o setor de tecnologia continue tendo o maior peso na carteira conjunta, foi o que mais perdeu peso nas recomendações para setembro.

A subtracção foi causada principalmente pela redução do peso da Amazon, que foi excluída da carteira do Itaú BBA, e, em menor intensidade, pela do Alibaba, posição zerada na carteira do BTG. Ambas as empresas, embora grupos cujas teses de investimentos estejam fortemente ligadas às novas tecnologias, atuam no setor do consumo discricionário, ameaçado pela desaceleração das economias no mundo todo.

Porquê a carteira internacional segue concentrada no setor e, principalmente, nas poucas ações de tecnologia que subiram muito neste ano, é chegada a hora do rebalanceamento. A teoria é que o investidor reavalie suas posições para evitar uma super exposição a nomes mais arriscados ou com preços muito esticados, ainda que as empresas de subida qualidade desse mercado ainda sejam as mais indicadas para quem deseja dolarizar a carteira.

  • Em outro recorte, a participação das ações do setor de robustez na carteira caiu cinco pontos percentuais com a saída da Exxon Mobil da carteira do BTG, “diante da escassez de catalisadores relevantes no petróleo, no limitado prazo, mesmo com o Brent a US$ 68 barril.”

O BTG trocou Alibaba e Exxon Mobil por Newmont, a maior mineradora de ouro no mundo.

A inclusão da Newmont na carteira do banco procura uma exposição direta ao ouro, “um ativo historicamente descorrelacionado do mercado de ações, traz o relatório, em função da possante demanda pela commodity, “impulsionada por compras de bancos centrais e pela procura de proteção geopolítica.”

  • Por término, o grupo de papéis de instituições financeiras ficou somente 3,5 pontos percentuais mais ligeiro na carteira compilada, mas foi setor com maior dinamismo de um mês para outro. Nomes tradicionais do mercado dos EUA porquê Citi e Visa tiveram os pesos reduzidos, respectivamente, de 20% em agosto para 7,5% em setembro e de 16% para 6%.

A Visa foi excluída da carteira da Empiricus, enquanto o Citi saiu da carteira da Ágora e teve a posição reduzida no portfólio de recomendações da XP.

As trocas foram parcialmente compensadas pela ingressão de novas recomendações, com nomes em geografias mais diversas, caso do Inter, cuja operação é brasileira – embora o ativo seja negociado no exterior, e a plataforma de criptoativos Coinbase.

Já a ingressão do papel da Coinbase é uma “aposta oportunista” em seguida a possante queda de 22,4% em agosto, que levou a ação ao patamar de negociação de 31 vezes os lucros projetados para a empresa, murado de 18% aquém de sua média dos últimos dois anos, segundo a equipe de analistas do BTG.

A queda abre uma janela para aditar exposição ao universo de criptomoedas a um valuation [valor de mercado] mais atrativo.”

A desvalorização do ativo está associada a resultados trimestrais mais fracos devido a um ciberataque não recorrente e volumes de negociação aquém do esperado, de combinação com o relatório.

Porquê investir lá fora agora?

As apostas dos analistas para setembro sugerem preferência por empresas menos dependentes do envolvente de inflação e juros. São os casos dos papéis do setor de telecomunicações e de saúde, que possuem demandas mais perenes.

A exposição a esses nomes pode oferecer mais segurança e proteger a carteira na eventual viradela dos cenários para os juros nos EUA.

  • Assim, o peso do setor de saúde aumentou quatro pontos percentuais na carteira compilada pelo Valor Investe, impulsionado pelo aumento da exposição da Empiricus à dinamarquesa Novo Nordisk, apesar da redução de um ponto percentual da posição do Santander na americana Eli Lilly.
  • Já no setor de telecomunicações, o aumento fica por conta da maior alocação da Empiricus nas ações da multinacional americana AT&T.

Surpreende, neste cenário de incerteza sobre a inflação nos EUA, que a Coca-Cola tenha entrado na carteira do Santander.

No entanto, porquê uma das marcas de consumo mais fortes do mundo, a empresa se difere das que fazem segmento do consumo discricionário por apresentar uma demanda mais resiliente.

“A Coca-Cola apresenta um portfólio bastante diversificado, conseguindo atrair diferentes preferências em termos mundiais. Um exemplo disso é a Coca-Cola Zero, que vem apresentando possante prolongamento de vendas em um cenário de redução no consumo de açúcar. A Coca ainda tem espaço para aumentar sua penetração em países em desenvolvimento, porquê Índia e China”, traz o relatório do Santander para as alocações deste mês.

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brecha apertado espaço — Foto: Getty Images

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