Reflexões ESG no Valor 1000
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No meu último cláusula, “Achados ESG no Valor 1000“, compartilhei iniciativas sociais e ambientais que me chamaram a atenção no processo de estudo das candidatas a integrar o Valor 1000, já que faço secção do Comitê ESG do anuário. Hoje, sigo repercutindo esse contexto tão relevante para os negócios com informações e reflexões sobre a cerimônia de entrega do Prêmio, em 15 de setembro, no Hotel Unique, em São Paulo.
De face, era impossível não notar o “mar de paletós azuis e pretos” que dominava a audiência. Sim, majoritariamente masculina, ainda. Voltei mentalmente no tempo em que era gerente de informação de um banco brasílio, no início dos anos 90 e, na tradicional sarau de final de ano, podia relatar nos dedos de uma mão a quantidade de mulheres. Havia mais de nós no evento do Valor 1000, evidente, e que bom. Finalmente, estamos em 2025. Porém, sem sombra de incerteza, temos muito a caminhar para mais representatividade feminina no envolvente corporativo.
Isso pôde ser comprovado também no pregão das vencedoras, quando o MC – Rabi de Cerimônias, um varão, chamava um representante ao palco, em universal CEO ou C-Level. Dos vinte e oito que receberam a honraria, unicamente quatro eram mulheres. Por outro lado, era sempre uma assistente que levava os troféus…
O que esses registros indicam? O que já sabemos por reparo e dados de inúmeras pesquisas: que as primeiras posições ainda são ocupadas principalmente por homens. Mas, vendo pelo lado meio referto do copo, me anima constatar que “% de mulheres em cargos de liderança” é uma meta em praticamente todas as empresas com as quais interajo, fruto dos recentes anos em que a temática de gênero passou a ser mais discutida e visibilizada. Também merece destaque o indumentária de que iniciativas de sustentabilidade foram citadas na grande maioria das descrições das empresas vencedoras, que eram lidas pelo MC.
Um indumentária é digno de holofote neste cenário tão reptador. O Prêmio Valor 1000 é facultado pelo Valor Econômico, principal veículo de economia, finanças e negócios do Brasil, que está completando 25 anos. O manche dessa potente nau está nas mãos de uma mulher, a diretora de redação Maria Fernanda Delmas, que sucedeu Vera Brandimarte, comandantes de ontem e hoje pautadas por correção, cultura, profissionalismo, ousadia.
Em sua fala de orifício, Delmas teve a gentileza de agradecer e nominar os membros do Comitê ESG. Vale lembrar que essas variáveis representaram 30% da nota final das três primeiras de cada setor. Muito me emocionou ouvi-la declarar que “… a nota ESG é um critério que nunca vamos deixar”. É sobre isso. Sobre entender que questões ambientais, sociais e de governança são secção integrante do negócio, e não um mundo paralelo de sonhadores. Parabéns, Valor, pela visão e ação.
Uma inovação deste ano foram as enquetes realizadas ao longo da noite para conquistar a opinião daquela seleta plateia em temas variados. Um deles foi ESG. A pergunta era: “Nos últimos 24 meses, porquê evoluíram os investimentos da sua empresa em ESG?”. Quase metade dos respondentes, 48,8%, disse que os investimentos aumentaram de forma expressiva ou moderada. Para 21,3%, ficaram estáveis e unicamente para 10% houve subtracção. Já 20% disseram que ESG não é prioridade na agenda atual. Me arrisco a proferir que falta a esses 20% um entendimento mais profundo sobre o tema. Porque certamente riscos ambientais e sociais estão no radar de suas equipes, mesmo que não os chamem de ESG, pois essa é uma taxa absolutamente urgente e presente hoje no meio empresarial (#vivipraver!).
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Na minha atuação porquê jornalista, perito em sustentabilidade e membro de Conselhos e Comitês, preciso estar atenta a sinais; vivo disso e sabor do que esse manobra permanente me proporciona. Aliás, para mim, essa é talvez a mais importante cultura que podemos desenvolver: “leitura de cenários”. Precisamos perceber os movimentos ao nosso volta e tentar nos antecipar a eles, de forma propositiva.
Neste sentido, o Valor 1000 é um sinal inequívoco e em sobranceiro e bom som do quanto a agenda ambiental, social e de governança agrega valor (sem perdão do perfeito trocadilho) aos negócios e, portanto, deve ser cada vez mais incorporada e praticada. Esse entendimento ainda é uma jornada em curso, mas estamos mais próximos do que longe dessa necessária transformação de protótipo de mundo. Avante!
Sonia Consiglio é SDG Pioneer pelo Pacto Global da ONU e perito em Sustentabilidade.
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