Resultado da Braskem (BRKM5) azeda humor do investidor e ações derretem

O papel encerrou o dia com queda de 2,15%, cotada a R$ 11,81, em seguida liquefazer quase 5%, pela manhã. Na bolsa de Novidade York, os recibos de ações (ADRs) perderam 2,7%, a US$ 3,97.

Os resultados do quarto trimestre do ano pretérito, divulgados hoje cedo, frustraram as expectativas dos analistas.

A companhia reportou prejuízo de R$ 5,6 bilhões, valor 3,5 vezes maior na confrontação com o mesmo período de 2023.

A diferença a menor entre custos e preços de venda (spreads) e uma baixa demanda geraram resultados ruins, no quarto trimestre, aponta relatório do Citi, apontando ainda um ebitda muito aquém do esperado, além de efeitos cambiais e de provisões negativas.

“Mantemos nossa visão que a melhoria no mercado doméstico vai correr nos próximos trimestres, bem na maior taxa sobre importação de petroquímicos e incentivos para o setor”, pondera o banco americano.

A XP também destaca os spreads uma vez que ponto negativo. Outrossim, ressaltam que a dívida líquida da Braskem teve um prolongamento significativo, chegando a US$ 6,1 bilhões, se mantendo em níveis elevados, mas sob controle.

O Bradesco BBI apontou ainda o efeito negativo dos volumes de produtos petroquímicos superando efeitos positivos da desvalorização do real.

O foco, no entanto, continua sendo nos possíveis efeitos positivos que a Braskem sentirá com a implementação das taxas de importação sobre insumos petroquímicos, o que pode dar refrigério às margens da empresa, afirma o banco.

O Citi tem recomendação de compra para ação da Braskem, com preço-alvo em R$ 23, e o Bradesco BBI para os ADRs, com preço-alvo em US$ 8,50. Já a XP tem recomendação neutra, com preço-alvo em R$ 27.