Ricos apostam em ETFs de renda fixa e internacionais; veja ações e fundos favoritos

A pesquisa da Smartbrain é feita com base na plataforma da empresa, que processa diariamente mais de 340 milénio extratos de investimentos, somando mais de R$ 250 bilhões de patrimônio analisados. O estudo observa a carteira de investidores dos segmentos de varejo (que têm entre R$ 50 milénio e R$ 300 milénio e são 25,62% do totalidade); de subida renda (que têm entre R$ 300 milénio e R$ 3 milhões e são 39,74% do totalidade); private (que têm entre R$ 3 milhões e R$ 50 milhões e são 30,97% do totalidade) e ultra high (que têm supra de R$ 50 milhões e são 3,67%.

Distribuição da carteira

Com a Selic ainda mais subida, a renda fixa segue sendo a principal classe no portfólio desse público. A porcentagem desses produtos saiu de 47,55% para 47,98% na passagem de dezembro para janeiro.

A segunda classe de maior participação no portfólio dos ricos são os multimercados, com 29,75% do totalidade (levemente aquém dos 29,85% registrados em dezembro). Na sequência, aparecem os produtos de previdência, que saíram de 7,96% para 8,20% da carteira na passagem de dezembro para janeiro.

As ações, por sua vez, fizeram o caminho contrário. Em dezembro, elas ocupavam 8,12% da carteira desse público, mas em janeiro passaram a ser somente 7,76%, mesmo com a subida do Ibovespa.

Por termo, os fundos imobiliários saíram de 2,26% para 1,78% e a classe “outros”, onde entram, por exemplo, as criptomoedas, saiu de 4,25% para 4,53%.

A lista de ativos favoritos é dominada por ETFs, incluindo aqueles de renda fixa e os listados no exterior, o que evidencia a procura dos investidores por proteção.

O predilecto foi o B5P211, o ETF que segue a variação do IMA-B5 P2, índice constituído por uma carteira balanceada de títulos públicos indexados pela inflação (as chamadas NTN-Bs ou Tesouro IPCA+) com prazo subordinado a 5 anos. Mas ele não foi o único ETF de renda fixa que entrou na lista. O DEBB11, que replica o Índice Teva Debêntures DI também apareceu entre os ativos favoritos de janeiro.

Além deles, outros ETFs que entraram na lista foram o DIVO11, que acompanha o IDIV, índice das melhores pagadoras de dividendos da B3; o WRLD11, que replica o índice FTSE Global All Cap, que acompanha a performance de mais de 9 milénio empresas mundo afora; o IVVB11, que acompanha o índice S&P 500 da bolsa americana; e o HASH11, que replica o desempenho da carteira teórica de criptoativos do Nasdaq Crypto.

Além dos ETFs, duas ações da bolsa brasileira entraram na seleção: as da Itaúsa (ITSA4) e as do Banco do Brasil (BBAS3). É importante lembrar que empresas do setor financeiro tendem a exibir menos volatilidade tanto em períodos de subida da bolsa quanto na hora do mau humor, por isso são considerado ativos mais seguros.

Por termo, quem completa a lista é o BDR (Brazilian Depositary Receipts, ativo que “espelha” uma ação listada no exterior) da fabricantes de chip Nvidia.