Ricos investem em ETFs e ações mais conservadoras; veja papéis e fundos favoritos

A pesquisa da Smartbrain é feita com base na plataforma da empresa, que processa diariamente mais de 340 milénio extratos de investimentos, somando mais de R$ 250 bilhões de patrimônio analisados. O estudo observa a carteira de investidores dos segmentos de varejo (que têm entre R$ 50 milénio e R$ 300 milénio e são 25,60% do totalidade); de subida renda (que têm entre R$ 300 milénio e R$ 3 milhões e são 40,39% do totalidade); private (que têm entre R$ 3 milhões e R$ 50 milhões e são 30,37% do totalidade) e ultra high (que têm supra de R$ 50 milhões) e são 3,63%.

Distribuição da carteira

Com a subida de 4% do Ibovespa em abril, por exemplo, alocação desse público em ações aumentou, ainda que levemente. Esse percentual saiu de 7,58% para 7,87%.

Outro sinal de maior exposição ao risco foi o aumento da participação da categoria “outros”, que engloba, por exemplo, as criptomoedas. Em março, esses ativos eram 4,23% da carteira. Em abril, eles passaram a ser 4,65%.

A alocação em fundos multimercados, por outro lado, diminuiu na passagem de março para abril. Ela saiu de 28,92% para 28,44%.

O mesmo aconteceu com a renda fixa. Ainda assim, oferecido que a Selic continua subida, essa classe segue sendo quase metade da carteira dos endinheirados. A porcentagem saiu de 48,70% em março para 48,35% em abril.

Os produtos de previdência, por sua vez, subiram de 8,73% para 8,80%, e os fundos imobiliários (FIIs) subiram de 1,84% para 1,89%.

A lista dos dez ativos favoritos dos mais ricos ficou praticamente dividida entre ETFs e ações mais conservadoras. Essa repartição evidencia o interesse desse público em investir em mercados e classes distintas para mitigar os riscos aos quais estão expostos.

Os Exchange Traded Funds (também chamados de ETFs) são um dos instrumentos mais baratos e fáceis para variar a carteira de investimentos, inclusive em outros países. Eles são fundos de gestão passiva que replicam índices de ações ou de renda fixa da bolsa brasileira ou das estrangeiras e são negociados por meio do home broker da corretora. Ou seja, o investidor pode investir neles porquê se estivesse comprando uma ação. Uma vez que eles acompanham índices já prontos, os gestores têm menos trabalho e, assim, esses fundos costumam ter baixa taxa de governo.

Assim porquê em março, o topo da lista, permaneceu com o B5P211, um ETF de renda fixa que segue a variação do IMA-B5 P2. Esse índice é formado por uma carteira balanceada de títulos públicos indexados pela inflação (as chamadas NTN-Bs ou Tesouro IPCA+) com prazo subordinado a 5 anos.

Logo na sequência, vem o DIVO11, que replica o Índice Dividendos (IDIV), que reúne as melhores pagadoras de dividendos da bolsa brasileira.

Em terceiro lugar aparece o IVVB11, que segue o índice da bolsa americana S&P 500. Outro ETF que também está na lista é o GOLD11, que acompanha o índice de ouro LBMA Gold Price e ocupa a quinta colocação dos papéis favoritos dos ricos em abril.

Além dos fundos de índices, a lista também reúne uma série de ações de segmentos considerados conservadores, porquê o das exportadores de commodities, o financeiro e o de vontade.

Os papéis do Banco do Brasil, por exemplo, ficaram em quarto lugar. Já as ações da Petrobras aparecem em sexto. Na sequência vêm as ações da Itaúsa, holding dona do banco Itaú; os papéis da companhia de vontade Copel e os da mineradora Vale.

As empresas do setor bancário são consideradas eficientes e resilidentes em momentos de crise, por isso tendem a atrair os investidores. Já o segmento das exportadoras de commodities também é medido porquê mais seguro por ter uma secção de sua receita vinda de vendas internacionais, o que traz um a função de proteção para a carteira dos investidores. Empresas de setores prestadores de serviços (porquê companhias de vontade) também são consideradas conservadoras por terem uma demanda perene e, por isso, estarem menos expostas a choques pontuais no cenário macroeconômico.

Por término, quem traz um pouco mais de “pimenta” para o portfólio são as ações do Magazine Luiza em décimo lugar.

Veja os fundos favoritos em abril