Risco de escassez de combustíveis pode fazer Petrobras reajustar preços?

Os analistas Luiz Roble, Pedro Soares e Henrique Pérez escrevem que a defasagem nos preços da gasolina está a 11%, na confrontação com os preços praticados no mercado internacional, enquanto o do diesel está em 18%, a maior diferença desde a adoção do novo protótipo de precificação de combustíveis em 2023.

Eles notam que o protótipo atual destrói valor para a Petrobras, uma vez que a retomada da adoção da paridade internacional ajudaria na geração de caixa, mas o principal gatilho dos resultados da companhia são as variações no barril do petróleo e sua subida recente acaba compensando o valor perdido nos combustíveis.

No entanto, o banco acredita que o principal impacto de deixar os preços muito fora da paridade internacional é o risco de escassez, uma vez que o país depende de importações para atender à demanda, em próprio de diesel, o que torna a premência de reajustes importante para lastrar o mercado.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 20 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Novidade York (Nyse), potencial de subida de 45,8% sobre o fechamento de ontem.