Selic pode ir a 15% nesta semana, maior nível em quase duas décadas
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Há algumas semanas, o Banco Meão (BC) levou a taxa básica de juros (Selic) já ao maior nível desde 2006. Nesta quarta-feira (18), esse patamar já histórico pode ser renovado, com um salto dos atuais 14,75% ao ano aos 15% cravados.
Na última reunião, em maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou seu novo passo em simples. E em declarações de lá para cá, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, veio confirmando essa indecisão. Nessas condições, a bifurcação para a política monetária parece ser a seguinte: ou a Selic sobe mais 0,25 ponto, numa subida esperada porquê derradeira; ou, simplesmente, se mantém onde já está para, no melhor dos cenários, tombar em idos de 2026.
A incógnita veio sendo alimentada pelos fatos.
- Por um lado, as inflações fluente e projetada por analistas estão mais muito comportadas. Estabilizarem-se supra dos 5% ao ano. Ainda muito supra da meta de 3% ao ano? Sim, mas, aparentemente, já cedendo ao aperto monetário até cá.
- Por outro lado, o imbróglio das medidas fiscais do governo leva secção dos agentes de mercado a crer que uma subida suplementar seja necessária para brecar desde já efeitos inflacionários futuros. A sensação de risco voltou a se aquentar conforme medidas foram anunciadas, “desanunciadas” e novamente anunciadas, entre idas e vindas com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as novas tributações de Imposto de Renda sobre diversos investimentos.
Essa indefinição ficou muito demonstrada nos últimos dias pelo Termômetro do Copom do Valor Investe.
Em 27 de maio, contratos de opções negociados na B3 atribuíam chances de 83% de a Selic não subir mais. Já no dia 6 de junho, a verosimilhança era de 69% de, sim, a Selic subir outra vez. No dia 10, o mercado estava quase rigorosamente dividido entre as duas possibilidades. E, um dia depois, voltava a ser majoritária a aposta em novidade subida, aos 64% – veja mais cá.
Na ata da última reunião, o Copom avaliava que o nível atual dos juros estava levando à desaceleração da atividade econômica. Esse efeito, no entanto, ainda era incipiente, daí a verosímil premência de ajuste suplementar. Ainda mais considerando os riscos variados não só na cena lugar, mas também internacional – com destaque às dúvidas trazidas pelo vaivém de tarifas dos Estados Unidos.
O expedido que será divulgado na próxima quarta a partir das 18h30. Até lá, o suspense segue.
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