Semana se encerra com inflação no Brasil e ‘payroll’ nos Estados Unidos
Cesta Básica: tudo que você precisa saber para começar o dia bem informado A sexta-feira (10) tem dois dados importantes no radar do mercado. No Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro deve comprovar que a inflação estourou a meta em 2024. Já nos Estados Unidos, os dados de emprego do relatório payroll podem mostrar o quão aquecida está a economia por lá e, portanto, o quanto isso pode trazer de pressões inflacionárias. Logo, os dados podem impactar a bolsa e o câmbio ao longo do dia.
Os dados oficiais da inflação brasileira serão divulgados nesta sexta-feira, às 9h, pelo IBGE. Segundo mediana de 24 projeções coletadas pelo Valor Data, o IPCA deve ter acelerado para 0,53% em dezembro, vindo de 0,39% em novembro. Isso significa que a inflação irá fechar o ano com alta de 4,84%, após 4,62% em 2023 e 5,79% em 2022.
A meta perseguida pelo Banco Central é de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O limite, portanto, seria de 4,5%. Caso a projeção se concretize, a inflação terá furado o teto da meta. Para o mês, as estimativas variam de 0,29% a 0,6%. Para o ano, as projeções vão de 4,59% a 4,91%.
É importante lembrar que, caso a inflação venha mais forte do que o esperado, as projeções para a Selic podem aumentar ainda mais. E se os juros maiores têm um impacto negativo por encarecerem os empréstimos e financiamentos, por outro, pode atrair mais investidores para a renda fixa brasileira, incluindo os estrangeiros.
Mas não é só na inflação que o mercado está de olho. O Departamento do Trabalho dos EUA comunica, às 10h30 de Brasília, o relatório de folhas de pagamento (conhecido como “payroll”) não agrícolas dos EUA. O indicador inclui o saldo líquido do número de novos postos de trabalho abertos, a taxa de desemprego e a participação na força de trabalho, em dezembro de 2024.
A leitura anterior foi de uma abertura de 227 mil vagas, acima da estimativa de abertura de 160 mil. Embora pareça contraditório, dados fortes de emprego vêm preocupando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Isso porque quando o mercado de trabalho está aquecido, significa que existe demanda de mão de obra por parte das empresas. E se as empresas estão buscando trabalhadores, elas tendem a aumentar o salário nominal para atrair esses novos funcionários. O resultado disso é mais inflação, justamente o que o Fed quer conter. Portanto, os dados também devem mexer com o pregão hoje.
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