Setor público consolidado tem déficit primordial de R$ 17,452 bilhões em setembro
O setor público consolidado fechou setembro com déficit primordial de R$ 17,452 bilhões, conforme divulgou o Banco Mediano (BC) nesta sexta-feira. Em setembro do ano pretérito, o resultado havia sido deficitário em R$ 7,340 bilhões.
Os dados do setor público consolidado envolvem governo meão (formado por Previdência e Tesouro, além do próprio BC), Estados, municípios e estatais. Ficam fora da conta empresas do grupo Petrobras, além de bancos públicos, porquê Banco do Brasil e Caixa Econômica Federalista.
O resultado de setembro refletiu um déficit do governo meão de R$ 14,944 bilhões e um déficit de R$ 3,504 milhões dos Estados e municípios. As estatais tiveram superávit de R$ 996 milhões.
Em 12 meses até setembro, por sua vez, o déficit alcançou R$ 33,235 bilhões, o equivalente a 0,27% do Resultado Interno Bruto (PIB). Em 12 meses até agosto, o déficit estava em 19% do PIB.
O setor público consolidado registrou déficit nominal, que inclui despesas com juros, de R$ 102,185 bilhões em setembro. Um ano antes o resultado havia sido de déficit de R$ 53,767 bilhões.
O resultado nominal de setembro refletiu um déficit de R$ 17,452 bilhões e uma conta de juros de R$ 84,732 bilhões.
Em 12 meses até setembro, por sua vez, o déficit nominal alcançou R$ 1,018 trilhão, o equivalente a 8,16% do Resultado Interno Bruto (PIB). Em agosto, estava negativo em 7,81% do PIB. A conta de juros até setembro somou R$ 984,810 bilhões, ou 7,89% do PIB, vinda de R$ 946,504 bilhões ou 7,63% do PIB em agosto.
Os dados não incluem empresas do grupo Petrobras. Os bancos estatais também não entram na conta, pois as estatísticas se referem ao setor público não financeiro.
A dívida líquida do setor público não financeiro ficou em 64,8% do Resultado Interno Bruto (PIB) em setembro (R$ 8,087 trilhões). Em agosto, estava em 64,2% (R$ 7,969 trilhões).
De concordância dados divulgados hoje pelo Banco Mediano, a variação mensal pode ser explicada principalmente pelo impacto da apropriação de juros no patamar de 0,7 ponto percentual (p.p.), seguido do déficit primordial, com elevação de 0,1 p.p. e da valorização cambial de 2% no mês, com impacto altista de 0,2 p.p. Por outro lado, a variação do PIB nominal reduziu a elevação em 0,4 p.p. e “demais ajustes” da dívida externa tiveram impacto para plebeu de 0,1 p.p.
Essess dados são importantes porque ajudam o investidor a entender porquê estão as contas públicas, mormente em um período em que a questão fiscal vem sendo amplamente discutida no mercado.
O busto fiscal previa que o governo zerasse o déficit (ou seja, igualasse seus ganhos com seus gastos). O cumprimento dessa meta seria um sinal a investidores de que as contas públicas estão saudáveis, o que diminuiria a percepção de risco e, assim, os prêmios exigidos para se investir no Brasil.
Trocando em miúdos: contas públicas em dia atraem mais investidores, que podem alocar seu numerário no Brasil sem temor de “calote”. E se mais investidores entram, mormente estrangeiros, a tendência é que a bolsa suba e o dólar caia.
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