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Subiu ou caiu? Levantamento mostra porquê os preços de cada categoria variaram antes da Black Friday

Subiu ou caiu? Levantamento mostra porquê os preços de cada categoria variaram antes da Black Friday

A inflação no Brasil está desacelerando, mas o IPCA mais comportado não afetou todas as categorias de produtos — e isso pode impactar o bolso de quem for às compras na Black Friday. Segundo um levantamento da corretora Rico Investimentos, joias e bijuterias e artigos de maquiagem foram os produtos que mais subiram de preço em 12 meses, ficando 20,06% e 6,44% mais caros, respectivamente.

O levantamento avaliou o comportamento de preços dos itens mais procurados em anos anteriores e criou uma cesta hipotética de “consumo de Black Friday”, analisando a variação de preços em 12 meses até setembro de 2025. O resultado mostra que o conjunto de produtos teve ligeiro subida de 5,17% (em risco com o IPCA universal), mas com grandes diferenças entre setores.

No período, eletrodomésticos e equipamentos caíram 3,09%, enquanto TV, som e informática recuaram 2,58%. Artigos de leito, mesa e banho também registraram baixa, de 0,97%, refletindo menor pressão de custos e maior competição no varejo.

Inflação em diferentes categorias

Categoria de Consumo IPCA – Aglomerado em 12 meses
Índice universal – IPCA 5,17%
Artigos de limpeza 3,96%
Utensílios e enfeites -0,22%
Leito, mesa e banho -0,97%
Eletrodomésticos e equipamentos -3,09%
TV, som e informática -2,58%
Roupas 4,63%
Calçados e acessórios 3,03%
Joias e bijuterias 20,06%
Perfume 1,46%
Artigos de maquiagem 6,44%

Segundo Maria Giulia Figueiredo, crítico da Rico, mesmo que a inflação mais controlada tenda a reaquecer o consumo, é importante lembrar que “nem toda promoção é uma boa oportunidade”. “Os maiores descontos costumam eclodir em categorias específicas, porquê tecnologia e eletroportáteis, enquanto setores de voga e formosura seguem com preços mais resistentes”, pontua.

O que esperar para a Black Friday 2025?

Categorias porquê eletrodomésticos, TVs, equipamentos de som, informática chegam à data com queda de preços, abrindo espaço para descontos reais e competição baseada em volume.

Segundo a Rico, um exemplo evidente é o mercado de smartphones: a Apple costuma lançar a novidade versão do iPhone em setembro, o que torna a Black Friday um momento estratégico para os varejistas renovarem seus estoques, oferecendo descontos atrativos nas versões anteriores para ocupar clientes.

Por outro lado, setores porquê voga, formosura e joias têm espaço restringido para cortes agressivos. Nesses casos, o varejo costuma apostar em kits, cupons e curadoria para manter margens e estimular vendas seletivas.

Dicas para aproveitar a data sem tombar em armadilhas financeiras

Segundo Thaisa Durso, educadora financeira da Rico, a Black Friday pode ser uma ótima oportunidade para forrar e realizar desejos — desde que haja planejamento. Para quem vai às compras, as recomendações da perito para aproveitar as promoções com consciência e estratégia são:

  • Fazer uma lista de necessidades, definindo o que realmente precisa antes da data e evitando compras por impulso;
  • Pesquisar preços com antecedência e escoltar o histórico dos produtos desejados, usando comparadores porquê Zoom e Buscapé para fugir de falsas promoções;
  • Estabelecer um teto de gastos;
  • Priorizar qualidade e garantia, já que o menor preço nem sempre é o melhor negócio;
  • Preferir o pagamento à vista, que além de evitar juros — que chegaram a 451,5% ao ano no crédito rotativo em agosto — pode render descontos extras;
  • Ter atenção aos golpes e verificar se o site é seguro, preferindo cartões virtuais ou intermediários de pagamento;
  • Refletir antes de finalizar a compra, o que ajuda a evitar arrependimentos.

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