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Taxa de desemprego cai para 5,4% e renova mínima histórica. Porquê afeta investidor?

Taxa de desemprego cai para 5,4% e renova mínima histórica. Porquê afeta investidor?

A taxa de desemprego caiu para 5,4% nos três meses terminados em outubro e renovou a mínima histórica, apontou o Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Pátrio por Exemplar de Estância Contínua (Pnad Contínua) nesta sexta-feira (28). Assim, ficou menor que a prevista pelos economistas.

A mediana das 23 estimativas coletadas pelo Valor Data apontava queda a 5,5%. Nos trimestres encerrados em agosto e setembro, a taxa de desemprego continuou em 5,6%, que já era a mínima da série histórica que começou em 2012. As projeções variavam entre 5,5% e 5,7%. Assim, o desemprego ficou menor que o piso das estimativas.

Um desemprego menor tem seu lado muito positivo: mais pessoas trabalham e têm renda. Porém, esse aquecimento do mercado de trabalho acende um alerta no Banco Mediano. Embora pareça contraditório, a força do mercado de trabalho é uma das preocupações da mando monetária por justificação do risco de pressão inflacionária.

Quanto mais aquecido está serviço, mais inflação pode surgir. E nesse cenário, os juros tendem a permanecer elevados, já que a Selic, taxa referência para os juros do Brasil, é a instrumento principal do Banco Mediano para controlar a inflação.

Quando há mais inflação, a mando monetária costuma manter juros altos para tornar o crédito mais custoso. Porquê consequência, empréstimos e financiamentos, tanto para consumidores quanto para empresas, ficam mais caros. Isso reduz o consumo, diminui a quantidade de verba circulando e favorece a queda dos preços. Dessa forma, a inflação retorna ao controle.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Mediano manteve a taxa Selic em 15% ao ano nos três encontros mais recentes. No entanto, o mercado já discute quando os cortes podem debutar, eventualmente em janeiro ou em março. Segmento dessa expectativa surge porque alguns indicadores mostraram que a economia está desaquecendo.

Mas, falas de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Mediano, consideradas duras ontem moderaram as expectativas para o incisão de juros. Ele afirmou que o desaquecimento da economia tem sido “bastante lento e gradual”.

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