Tesouro Direto: cinco títulos para investir em setembro, segundo o Itaú e a XP
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Em setembro, quando terá a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a expectativa da maioria dos agentes do mercado é que haja manutenção da taxa Selic em 15%, de pacto com o Termômetro do Copom, utensílio do Valor Investe. Pensando nisso, o Itaú e a XP sugeriram cinco títulos públicos para comprar neste mês.
Olhando para agosto, o sinal recebido é que o mercado começa a se reposicionar para uma viradela de ciclo, não imediata, mas cada vez mais próxima. Pensando nisso, a recomendação universal é que, no pequeno prazo, títulos pós-fixados seguem entregando retornos robustos e seguros enquanto a Selic permanece em 15%, mas é importante estudar mudanças em um horizonte próximo.
Os bancos levaram em consideração três frentes de alocação:
- Títulos prefixados com prazo de tapume de três anos: continuam atrativos, recompondo os níveis de taxas observados em junho. A sensibilidade desses papéis a uma eventual desaceleração da atividade econômica é relevante, mormente se houver ajuste do cenário terminal da taxa Selic.
- Títulos IPCA+ com prazos a partir de cinco anos: seguem porquê a principal opção para conquistar o processo de desinflação e desaceleração previsto para os próximos anos, sem penetrar mão de proteção contra surpresas inflacionárias.
- Títulos pós-fixados (Tesouro Selic): continuam sendo a melhor opção para investidores com horizonte de até dois anos.
E quais são os títulos recomendados, finalmente?
O primeiro papel sugerido pelo Itaú foi Tesouro Selic de pequeno prazo, com vencimento em 2028. Atualmente, o título paga a taxa básica de juros mais 0,05%. “A perspectiva de Selic em um patamar saliente deve se manter ao longo deste segundo semestre até ao menos o final de 2026. Essa sugestão cumpre as funções de prover liquidez à carteira, amortecer a volatilidade e continuar a rentabilizar o capital supra da taxa de inflação“, diz o exegeta do banco, Lucas Queiroz.
A segunda sugestão é o Tesouro Prefixado com o mesmo prazo de vencimento do anterior, 2028. De pacto com o Itaú, o papel que hoje paga em torno dos 13,33% se justifica pela teoria de que a Selic deve se manter pouco inferior de 14% nos anos seguintes a 2026, o que gera atratividade aos títulos prefixados de prazo intermediário (porquê três anos). “Recomendamos o Tesouro Prefixado 2028 para investidores que possuem horizonte de investimento superior a dois anos“.
A terceira e última recomendação é o Tesouro IPCA+ 2040, que hoje paga a inflação do período mais 7,32%. “Embora seja esperada ininterrupção do cenário de taxa Selic elevada nos próximos trimestres, em horizontes mais longos o retorno de títulos pós-fixados deve convergir para o nível de estabilidade ao volta de 5% supra da inflação, inferior portanto dos níveis oferecidos nos títulos indexados à inflação”, explica Queiroz.
Entre as recomendações da XP Investimentos, exclusivamente os papéis atrelados ao índice de preço oferecidos no mercado secundário ganharam destaque em setembro. Os títulos da modalidade com vencimento em 2030 e 2033 são as indicações da vez. “A inflação deve permanecer supra da meta nos próximos anos, por isso é importante manter parcela de ativos atrelados ao IPCA para proteção contra seu efeito ao longo do tempo, mormente considerando a imprevisibilidade em relação à sua trajetória em prazos mais longos“, diz a exegeta Mayara Rodrigues.
Um adendo que o banco faz é que, neste momento, não há premência de distensão de prazo para se ter boa rentabilidade, além de prazos maiores apresentarem mais volatilidade. Isto porque os retornos pagos por títulos mais curtos têm sido muito próximos dos papéis mais longos.
O que significa na prática?
Ao simular o investimento na plataforma do Tesouro Direto, o investidor consegue saber em reais quanto vai receber lá na frente. Por exemplo, ao impor R$ 1 milénio no Tesouro Selic 2028 hoje, porquê sugerido pelo Itaú, em três anos o retorno líquido (descontado o imposto de renda) será de R$ 1.227,18.
Mas se os mesmo R$ 1 milénio forem aplicados no Tesouro Prefixado 2028, o investidor receberá de volta R$ 1.278,37, se levar a emprego até o vencimento.
No caso dos papel atrelado à inflação com vencimento em 2040, o lucro é maior: o investidor que colocar R$ 1 milénio no título hoje, vai receber R$ 5.046,35 daqui a quinze anos, quando o investimento vence. Vale lembrar que, porquê o papel paga a inflação do período, ao receber o retorno lá na frente, o investidor não perde para o aumento dos preços.
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