Tesouro Direto: juros dos títulos sobem com força em meio à romance do 'tarifaço'
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As taxas pagas pelos títulos públicos operam em subida firme novamente nesta quinta-feira (10), em seguida as disparadas e interrupções de ontem. O que mudou, de ontem para hoje, foi o recuo do presidente Donald Trump, que reduziu as tarifas impostas aos parceiros comerciais a 10% por 90 dias, exceto para a China, que agora vai remunerar a soma de 145% em taxas sobre produtos.
- Por volta de 17h, o prefixado com vencimento em 2028 pagava 14,33%, contra 14,26% do fechamento anterior. Já o título com vencimento em 2032 oferecia taxa de 14,87%, frente aos 14,72% de ontem. Os juros do papel atrelado ao IPCA com vencimento em 2029 foi a 7,83%, contra 7,78% ontem, e o que vence em 2040 estava pagando 7,40% (contra 7,38%).
Os papéis mais longos oferecem mais riscos, por isso o investidor precisa de cautela na hora de optar por eles. Apesar dos alertas dos economistas, os títulos atrelados à inflação são os preferidos para proteger a carteira contra o aumento dos preços.
O movimento nas taxas é uma perpetuidade do que se viu ontem. As negociações foram interrompidas durante a tarde em seguida o proclamação do presidente americano, Donald Trump, sobre reduzir as tarifas recíprocas da maioria dos países para 10%.
Na mesma mensagem que Trump anunciou a redução das tarifas para a maioria dos países, o presidente dos EUA anunciou a elevação das tarifas sobre bens importados da China a 125%, com efeito subitâneo.
Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa manifestar que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa.
Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a emprego até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Desempenho do Tesouro Direto nesta quinta-feira (10)
| Título | Rentabilidade anual | Investimento mínimo | Preço Unitário | Vencimento |
| Tesouro Prefixado 2028 | 14,33% | R$ 6,95 | R$ 695,61 | 01/01/2028 |
| Tesouro Prefixado 2032 | 14,87% | R$ 3,95 | R$ 395,97 | 01/01/2032 |
| Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 | 15,02% | R$ 7,88 | R$ 788,03 | 01/01/2035 |
| Tesouro Selic 2028 | SELIC + 0,0600% | R$ 163,42 | R$ 16.342,52 | 01/03/2028 |
| Tesouro Selic 2031 | SELIC + 0,1130% | R$ 162,63 | R$ 16.263,03 | 01/03/2031 |
| Tesouro IPCA+ 2029 | IPCA + 7,83% | R$ 33,02 | R$ 3.302,64 | 15/05/2029 |
| Tesouro IPCA+ 2040 | IPCA + 7,40% | R$ 15,08 | R$ 1.508,61 | 15/08/2040 |
| Tesouro IPCA+ 2050 | IPCA + 7,20% | R$ 7,78 | R$ 778,28 | 15/08/2050 |
| Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 | IPCA + 7,67% | R$ 41,00 | R$ 4.100,46 | 15/05/2035 |
| Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045 | IPCA + 7,52% | R$ 39,25 | R$ 3.925,48 | 15/05/2045 |
| Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2060 | IPCA + 7,36% | R$ 37,96 | R$ 3.796,02 | 15/08/2060 |
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