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Tesouro Direto: juros são maiores em dia de dados no Brasil e EUA

Tesouro Direto: juros são maiores em dia de dados no Brasil e EUA

Tesouro Direto: juros são maiores em dia de dados no Brasil e EUA

gettyimages-1091245836-1-1-3 Tesouro Direto: juros são maiores em dia de dados no Brasil e EUA
gettyimages-1091245836-1- Tesouro Direto: juros são maiores em dia de dados no Brasil e EUA
A inflação no acumulado de 2024 acima do teto da meta mais os números do mercado de trabalho americano mexem com a sessão Os juros oferecidos no mercado de títulos públicos têm dia de alta nesta sexta-feira (10), dia em que os investidores digerem a inflação acumulada de 2024, que veio acima do teto da meta, e dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos apontando para menos cortes de juros por lá.
Aqui, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), classificado como a “inflação oficial” por ser considerado pelo Banco Central para calibrar a Selic, subiu 0,52% em dezembro e registrou o acumulado de 4,83% em 2024, acima dos 4,5% tolerável.
As expectativas por inflação alta e, portanto, Selic em alta, tende a fazer com que os títulos públicos paguem mais. Isto porque, o investidor exige retorno maior para emprestar dinheiro ao governo em meio ao clima de incertezas sobre a dívida pública.
No exterior, diante da forte surpresa observada nos números do relatório de empregos (“payroll”) de dezembro nos Estados Unidos, o mercado passa a esperar menos cortes nos juros americanos.
A economia americana criou 256 mil postos de trabalho em dezembro, enquanto as expectativas giravam em torno de 155 mil empregos. Além disso, a nova queda da taxa de desemprego, para 4,1%, continua a alimentar a sensação de um mercado de trabalho muito aquecido nos EUA, o que reforça a percepção de que o Federal Reserve (Fed) pode ser bem mais cauteloso na condução da política monetária.
Assim, por volta das 12h30, os papéis do Tesouro Direto pagavam mais em comparação com o fechamento de ontem. Os atrelados a inflação ofereciam o retorno de até 7,76%, além de pagar o IPCA do período. Os prefixados voltavam a se aproximar dos 16%, com o papel mais curto, com vencimento em 2027, pagando 15,30%.
Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa dizer que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Vale comprar?
Os papéis atrelados à inflação são os mais recomendados pelos analistas. Isto porque os títulos estão em patamares considerados altíssimos pelos estrategistas, próximo de 8% mais a inflação do período, além de ajudar a proteger a carteira contra o aumento dos preços. A orientação é que os papéis sejam comprados para objetivos de mais longo prazo.
Entre os prefixados, a recomendação é de que os investidores se mantenham no curto prazo e não se empolguem quanto ao volume. Isso porque as expectativas é de Selic em alta nesse ano, o que pode trazer lucro dos prefixados abaixo da taxa básica de juros.
Desempenho do Tesouro Direto nesta sexta-feira (10)
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