Tesouro Direto: juros sobem com dados reforçando justificativas do Copom

Os ativos responderam à subida dos juros futuros e depois a produção industrial do Brasil tombar unicamente 0,3% entre novembro e dezembro do ano pretérito, aquém da queda esperada de 1,1%.

O oferecido reforça a leitura de que os sinais de desaceleração da atividade econômica ainda são “incipientes”, uma vez que descreveu o Banco Medial na ata da última reunião do Copom, o que pode estar incentivando um movimento.

A subida dos papéis por cá acontece em paralelo à queda dos juros oferecidos pelos títulos americanos depois a divulgação dos dados do índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços nos EUA. O sinal de uma atividade econômica americana mais branda fez apressar o recuo nos rendimentos dos títulos por lá.

A incerteza sobre o que esperar primeiro, tanto dos juros quanto da inflação, faz com que os investidores exijam mais retorno para emprestar verba ao governo. Porquê a pendência é mais para o pessimismo, de piora no quadro fiscal, as taxas interrompem o ritmo de queda que vinha adotando desde a semana passada.

O Tesouro IPCA+ 2029 pagavam 7,56%. Entre os prefixados, os papéis que ganharam vencimentos novos, 2028 e 2032, também sobem mais.

Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa expor que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa.

Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a emprego até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.