Tesouro Direto: taxas sobem à espera de votação da MP 1303
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As taxas dos títulos públicos registram subida moderada nesta quarta-feira (8), refletindo o soído fiscal doméstico. Os investidores aguardam a votação da Medida Provisória (MP) 1.303, que pode perder a validade ainda hoje.
- O Tesouro Prefixado 2028 oferecia 13,51% ao ano, mesmo patamar de ontem, enquanto o Tesouro Prefixado 2032 avançava de 13,90% para 13,91%. O papel com juros semestrais e vencimento em 2035 também subia, passando de 13,94% para 13,95% ao ano.
- O movimento era semelhante nos títulos indexados à inflação: o Tesouro IPCA+ 2029 pagava IPCA + 8,09% (perante 8,08% na véspera), e o Tesouro IPCA+ 2040 remunerava IPCA + 7,25%, supra dos 7,24% anteriores. O Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2045 também subia, de IPCA + 7,35% para IPCA + 7,36%.
O foco do mercado permanece no quadro fiscal, depois que a MP 1303 avançou na Percentagem Mista do Congresso em versão considerada desidratada, sinalizando arrecadação menor que a originalmente planejada.
Com concessões que reduzem a arrecadação antes prevista no texto, a perceção de risco fiscal aumenta no mercado. Na prática, os investidores embutem prêmios maiores para ressarcir o risco de descumprimento das metas e da premência de novas receitas primeiro.
Além da MP, a pesquisa Genial/Quaest mostrou melhora na aprovação do governo, o que o mercado interpreta porquê perenidade de uma política fiscal mais expansionista, reforçando o viés de cautela.
No exterior, a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) oferece qualquer conforto, ajudando a moderar o progressão das taxas locais.
Ainda assim, os investidores seguem atentos à ata da última reunião do Federalista Reserve (Fed), o banco meão americano, programada para hoje, o que pode influenciar as expectativas de juros e, consequentemente, o comportamento de mercados emergentes, porquê o Brasil.
Em qual título investir?
Segundo analistas do Itaú BBA, que a estratégia de investir em renda fixa continua fazendo sentido para o investidor, principalmente em seguida decisão do Banco Meão que manteve a Selic em 15% ao ano e reforçou que a taxa deve permanecer elevada por mais tempo.
Na prática, isso significa que o “carrego”, ou seja, o rendimento que o investidor obtém simplesmente por continuar aplicado em um título que paga juros altos, segue vantajoso.
Com a taxa básica elevada, o retorno no limitado prazo permanece robusto, enquanto os papéis de prazos mais longos continuam oferecendo oportunidades para quem quer prometer bons juros reais por vários anos.
De conformidade com o Itaú BBA, choques pontuais, porquê ruídos políticos e incertezas fiscais, podem gerar oscilações momentâneas, mas não alteram os fundamentos da renda fixa. A inflação esperada para os próximos anos segue em queda, e as taxas reais continuam em níveis historicamente altos.
O banco mantém três preferências:
- Títulos prefixados: com prazos de muro de três anos, ainda oferecem taxas atraentes – a curva de cinco anos terminou setembro em torno de 13,5% ao ano. Esses papéis são mais sensíveis a cortes futuros da Selic e podem se valorizar se o mercado antecipar uma queda nos juros;
- Títulos atrelados ao IPCA (Tesouro IPCA+): ideais para quem procura proteger o poder de compra e prometer ganhos reais supra da inflação. A taxa de cinco anos fechou setembro em 7,85% ao ano, um patamar considerado ressaltado;
- Pós-fixados (Tesouro Selic, CDBs DI, etc.): continuam sendo a melhor opção defensiva para horizontes de até dois anos, oferecendo liquidez, previsibilidade e rendimento ressaltado enquanto a Selic seguir subida.
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